31 dezembro 2009

Tempus fugit

É provavelmente a melhor altura para pedir publicamente desculpa a todas as avós e avôs deste mundo por todas as minhas ironias e palavras mais ou menos sarcásticas a propósito de todas as figuras ridículas que já os vi fazer com os seus netos. Sim, é possível ficar horas a fio contemplando um recém-nascido que apenas dorme. Sim, é perfeitamente possível admirar cada trejeito de boca de dez réis de gente como se estivéssemos hipnotizados por um qualquer hipnotizador. Sim, é perfeitamente possível dizer "O menino espirrou" como se o homem tivesse chegado a Marte. Disse-me há poucos minutos a Maria João Homem Cardoso que a viagem ainda agora começou. É possível, acredito. É um estado de alma que roça o êxtase. Desculpem-me, sim? Vou ali olhar para ele mais umas horas.

Na foto: O meu avô, Joaquim Nunes, o meu primo Rui Antunes (à esquerda em baixo) e eu próprio. (Verão 1975) Fotografia de minha ilustre e querida tia, Maria de Lourdes Antunes

5 comentários:

Just Me disse...

Parabéns Pedro, mas a 'ironia', suporta-se sempre numa enorme sensibilidade oculta - só não vê quem quer, e "eles" vêem ... ;)

Sérgio R. disse...

Onde está a maçã?
Não vejo a maçã... estranha foto...

Pelo que conta nem seria preciso, mas: Feliz Ano de 2010 para si e demais Anicetos.

Cumpr.
Sérgio R.

Anónimo disse...

Herdaste traços do teu avô :)

Patricia Lousinha disse...

:)

Pedro Aniceto disse...

Jonas, eu não acho Ha quem diga que foi do paterno e não é este o caso.