31 dezembro 2009

O meia orelha

Senhor de si mesmo e de um lendário mau feitio que já atravessava gerações, M. de alcunha "O meia orelha" nunca deixava ninguém sem resposta. Num certo dia cinza chumbo, em que de sachola ao ombro a caminho da horta de que zelava, se cruzou com um vizinho com quem tinha péssimas relações de convivência, foi por este alertado em tom jocoso: "M., vais regar para quê se está aqui está a chover?", terá ouvido "Vou regar sim senhor, que eu cá não preciso de favores de ninguém..."

1 comentário:

João Pinto Costa disse...

...e ficou o meia orelha com metade da sua horta alagada.
Teria sido um bom final para esta personagem característica.