Tive esta semana um problema sério com um cano de esgoto. O assunto não é simples e exigiu medidas prontas e drásticas. Fui consultar especialistas na matéria e deles ouvi coisas extraordinárias, nomeadamente ao nível de preços e sobre o potencial de destruição que iria em breve atingir a minha casa. Entendi que em teoria tudo se resolveria usando três palavras, a saber, sacar, partir e euros. É bonito e chega a ser comovente que tudo passe por "partir umas paredes" e "sacar fora". Fui confrontado com orçamentos que fariam chorar o ministro das finanças. Alguns dos profissionais que visitaram o local teceram imensas críticas ao sistema, inclusivamente e para meu delírio, o próprio autor da construção que entretanto se esquecera que fora ele mesmo a desenhar e a colocar as tubagens no sítio. Com 80% das instalações sanitárias da casa interditadas no uso, pedi ajuda a C., profissional do ramo. Observou tudo e teceu considerações sobre o que estaria bloqueando a circulação. Abriu e fechou caixas de inspecção, teorizou sobre as coisas indizíveis que se lançam nos esgotos cuja leitura pouparei ao visitante ocasional destas linhas. Encolheu os ombros e virando-se para mim em sinal de franca solidariedade, disse deveras apropriadamente: "Mas que grande merda!".
22 setembro 2005
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1 comentário:
Tive um problema desses a uma sexta feira.
Sábado, por falta das caixas, tive que partir eu, para localizar o problema.
Domingo contactei um profissional de confiança.
Segunda, deu-se inicio á reparação.
Terça ficou novo e quarta paguei.
Já não me lembro quanto. Mas ainda me lembro do cheiro nauseambundo que nestes dias se fez sentir.
Pedro, caga nisso.
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