Filipe Soares Franco, Presidente do Sporting Club de Portugal, submeteu o seu projecto de gestão do clube a uma Assembleia Geral. Anunciou previamente que se demitiria e não se recandidataria ao cargo caso perdesse a votação na Assembleia. Perdeu. Demitiu-se. Recandidatou-se (!). Caso ganhe as próximas eleições, submeterá o mesmo projecto (acabou de o dizer na TV), que incluiu a penalizante venda de património não desportivo (matéria que viu desaprovada pela maioria dos sócios) a uma nova Assembleia. Diz que está confiante de que vai ganhar. Se a massa associativa é a mesma, porque é que ele acredita que vai ganhar as eleições? Isto é bonito, deve ser a estas matérias que chamam "social engineering". Ou isso ou há algo muito "lá para a frente" que me escapa. Como infelizmente me escapou no caso de Vale e Azevedo.
12 abril 2006
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6 comentários:
_ Chama-se a isso, técnica de "política-empresarial"... Está mto na moda.
_ Garantem os mais entendidos; tudo por amor às cores $portinguistas.
(OBS: Já se ficou a saber que Soares Franco é um homem de "q"alavra.)
Ó PA, com franqueza! Aquilo é o mundo do futebol. Então o "orelhas" não disse que se demitia também se não vendessem não sei quantos kits? Bah…
De acordo, completamente de acordo. Mas de um clube de gentlemen, surpreendeu-me bastante. Não há nenhum remoque, eu já vi este filme no tempo do Azevedo e não é o "filme" disto que me preocupa, mas sim o festival que se seguiu. À pergunta do José Rodrigues dos Santos "Sr.Presidente, esta não é uma daquelas situações do que hoje é verdade amanhã é mentira, Soares Franco respondeu um categórico CLARO QUE NÃO!". Chega para me esclarecer. Nada tenho contra Soares Franco, nota, mas desde aquele número das "declarações depois do almoço" que eu sabia que ele um dia se revelaria...
No futebol não há coerência nem racionalidade, por mais que nos esforcemos e falo por mim que sou ABSOLUTAMENTE parcial e um bocadinho irracional quando se trata do meu clube, porque como alguém bem disse pode-se trocar de tudo, até de sexo mas NUNCA de clube.
Vou tentar explicar como se eu fosse da Académica! É conhecido da teoria da argumentação (boa esta) que se pode argumentar mal: usando analogias (parece o Vale e Azevedo), usando exemplos (e o Senhor José Veiga?), ad hominen ( O FSF não tem palavra logo é desonesto), por autoridade (até o Eusébio condenou o facto...), ou por etc.. Há pessoas como o PA e o MST: gostamos muito delas quando falam das nossas paixões (Macs, ambiente) mas quando a coisa é do domínio das paixões irracionais eles passam-se! Seja sobre o Glorioso seja sobre os Dragões (Sandinistas, tipo Clash ou Nicarágua).
A resposta, NMHO é simplesmente: negócio. É o que é o futebol hoje! E FSF tentou condicionar os lagartos com o argumento de que se não aprovassem o seu projecto seria o caos. Do ponto de vista estratégico até fez muito bem! E, uma vez mais na NMHO, o homem até ganhou aquilo da votação. Só que o futebol não é democrático: os sócios são todos iguais mas há uns mais iguais do que os outros.
Para mim estou-me nas tintas para o resultado final, embora antes o FSF que um sobrinho do Jorge Gonçalves ou um qualquer amigo do BiBi! Preocupa-me mais um Parlamento onde os Senhores Deputados assinam e piram-se que é tempo de ir curtir a Páscoa.
Já agora: e que tal uns comprimidos contra o cagaço para os jogadores do Glorioso. Aquilo contra o Barcelona meteu dó. Nessa altura eu gritei como o Almada Negreiros e o Saramago: quero ser espanhol!
Boas Amêndoas.
Briosista Saudosista
Se a afirmação de que não se candidataria poderá ter sido um exagero, que agora parece penalizar SF, é necessário considerar pelo menos duas questões:
1. Ao contrário do que diz o PA, o projecto de alienação de património imobiliário não-desportivo NÃO FOI rejeitado pela maioria dos sócios – foi aceite por cerca de 64% dos votos! Ou seja, 2% dos votos chegaram para inviabilizar o projecto.
2. Perante o vazio de alternativas e as pseudo-candidaturas, reconsiderar é, no mínimo, uma atitude de bom-senso, até porque, se por 2% se perde, por 2% se ganha, e a expressiva votação no projecto SF arriscava-se a ser absolutamente ignorada, o que, para a maioria dos votos, seria uma injustiça nada democrática.
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