04 setembro 2006

Water Harvesting

Não sendo Engenheiro sempre senti uma irresistível atracção pela invenção mecânica e pela reflexão em projectos inovadores. Muitas vezes fui apelidado de "maluquinho" (há coisas que nunca mudam, não é verdade?) quando confidenciava as minhas teorias extraordinárias sobre coisas que achava possíveis serem realizadas a partir do quase nada. Claro que me rio bastante quando vejo anúncios de projectos nos quais eu já pensei. Não vá o leitor pensar que estou a reclamar créditos, nada disso, mas estou certo de que não morrerei sem ver os cemitérios a aproveitar o metano gerado pela decomposição de corpos, os milhares de metros de tubos colectores de águas e esgotos das grandes cidades com mini turbinas a recolher o esforço de movimentação de milhões de litros de águas no intuito de gerar electricidade. Ou o meu mais arrojado plano, o de dotar as campas de cemitério com um meio multimédia que em poucos segundos permita ao visitante ter uma panorâmica sobre a vida do defunto. A captação de água por meios pouco habituais também já foi alvo das minhas elocubrações. A condensação é um deles e foi com grande satisfação que naveguei nas páginas do Fog Quest

6 comentários:

Ana Ferreira disse...

"dotar as campas de cemitério com um meio multimédia que em poucos segundos permita ao visitante ter uma panorâmica sobre a vida do defunto" - hummm não acho muito acertado, imagina daqui a umas décadas o pessoal parado à frente da campa do Mateus: "Ahhhh este é que é aquele do caso...."

O Cócó disse...

Mórbido.
E que tal inventarem a cura da morte? Não era mais fácil? Mas já sei que pensas que a tecnologia tem que fazer parte até ao "fim".
Preferia que não houvesse cemitérios, preferia que so houvesse cremações. Mas mesmo assim penso k planearias algo com que fazer com as cinzas...

Pedro Aniceto disse...

Mórbido? Não! De todo... Sou um admirador da arte escultórica de cemitérios. Passeio frequentemente em espaços deste género, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Aprende-se um bocado sobre diferenças culturais e quando vês um conjunto que fotografas ou cujo conjunto te impressiona a segunda pergunta que te assalta é, invariavelmente "Quem foi este fulano?". Estou em crer que até do ponto de vista fotográfico, os cemitérios são autênticos filões se devidamente explorados. Em Paris, no Pere Lachaise, há um autêntico secretariado turístico à disposição do visitante e que agora começa a ter um interface Web em http://www.pere-lachaise.com
A alameda de entrada do Cemitério do Alto de S,João, só por si, dava um plano de estudo de um ano em termos de História sócio-política.

Pedro Aniceto disse...

Já pensaste que o fim da mortalidade era, enquanto solução, pior do que o problema?

Anónimo disse...

Julgo que só falta mesmo podermos escolher a nossa última morada online.

Seria interessante (não para mim, emfim...) poder também escolher a origem da terra que cobriria o nosso leito eterno (estilo relva dos estádio ;) ).

Também a morte é um negócio onde o único que não tem voto na matéria é actor principal.

Paulo A. Silva

O Gato Preto disse...

Bora fazer um blog só com essas das invenções?
Com a carrada de malucos da ML a postar lá dentro o resultado seria hilariante.
E com teorias de conspiração? também dava.
Abraços.