Não ouvia falar de Johnny Warman há quase vinte e cinco anos. E continuei sem ouvir falar dele. Apenas me lembrei da criatura porque se falava de gravadores de cassetes e recordei-me do primeiro "genérico" de Walkman que tive, prenda de Natal a mim mesmo, uma importação contrabandeada de Andorra. Um Aciko, que ao legítimo Walkman da Sony não se lhe podia chegar que me custava dois salários. A primeira gravação pirata que fiz para aquela pérola, foi um álbum de Johnny Warman, trazido, como era de costume pelo meu guru musical Francisco Rebelo, o homem a quem eu disse, em 1980 algo como "Oh pá, esses gajos dos U2 nunca serão ninguém na música!". O álbum Walking into Mirrors acaba de ser colocado na iTunes Store e pude rever os tempos da velha TDK Ferrochrome que morreu de gasta a tocar o "Martian Summer".
26 dezembro 2006
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3 comentários:
E o tema "Screamming Jets" com o Peter Gabriel a dar uma ajudinha? Tenho esse vinyl algures.
Também não ouvia falar dele há muito. Nem sequer conhecia alguém que tivesse ouvido falar. Não acabarei o ano sem "reouvir" pelo menos um tema.
Abraço
O Screaming Jets faz parte deste álbum. Aliás, foi graças a ele que o Warman se eclipsou. Toda a banda foi trabalhar com o Peter Gabriel. Movido pela curiosidade fui à procura de notícias do Warman e parece que ainda mexe com uma banda chamada "Four Bens and a Bill".
O primeiro aparelho de som que existiu em minha casa foi precisamente um Grundig de cartuchos (não me perguntem onde é que o meu pai arranjava as gravações que isso ainda hoje é um mistério para mim), que eram aliás extremamente populares como sonorização em automóveis. Aliás, tenho um primo que era maluco (e que ainda o é, segundo dizem não o vejo há anos) que tinha um leitor desses num velho Fiat 128, cujos cartuchos eram excelentes armas de arremesso nos confrontos de trânsito (sim eu sei que cheguei a ser o municiador...). Tinha um regulador de corrente (12V) que era maior que o leitor e estava instalado na parte de baixo de uma prateleira lá de casa. Não sei o que lhe aconteceu, ºe provável que ainda exista, mas também há anos que o não vejo...). Um pouco mais tarde veio um Grundig de bobinas (esse é para guardar porque é uam pérola), construído pelo meu pai com peças reaproveitadas. A carcassa é tricolor porque os "dadores" tinham cores diferentes. Já eu era bem crescidinho quando "apareceu" lá em casa, um fabuloso Toshiba FM que pesava mais do que eu e que me fez deixar de usar o meu rádio favorito, um rádio-garrafeira de marca alemã e do qual tenho imensas saudades. Aquilo apanhava tudo, até os bombeiros!
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