"Russo", simplesmente Russo que da cor do cabelo herdou a alcunha. Pescador de hábitos rudes e simples, diz que está à beira de uma reforma que nunca mais chega, mais anos de tisna que de B.I., mais destreza de mãos do que de língua, mestre da enguia e do choco. Foi esta semana convencido por um grupo de jovens pândegos a estrear-se numa sortida nocturna numa discoteca da capital. De conluio com os pândegos, o porteiro barrou o Russo liminarmente à porta de entrada. "Não pode entrar sem ter uma acompanhante". Russo retirou da orelha o cigarro amachucado, enrolou nervosamente o boné nas mãos calejadas e cresceu para o porteiro. A resposta fulminante faz já parte das lendas dos consagrados da aldeia: "Saiba o senhor que deixei em casa uma que me levou quase dez anos a arranjar... Não me parece que seja fácil arranjar agora uma em cinco minutos..."
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