Sigo com algum carinho distante a eterna demanda da posse territorial de Olivença, um território português sob administração/ocupação espanhola desde tempos imemoriais. Portugal e Espanha evitam tocar no assuno ou se o fazem é com pinças e um grupo de românticos tenta por todos os meios que o assunto não seja enterrado na poeira dos tempos. Agora é o Município do Cadaval que decidiu geminar-se com Olivença que me causa alguma perplexidade. Não que isso signifique, a meu ver, nenhuma concessão a Espanha, mas que é original, lá isso é...
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3 comentários:
Primeiro geminam-se depois entranham-se :)
Os tempos imemoriais também não são assim tão afastados, de cor penso que estamos a falar de 1801, no período pré invasões francesas, quando na sequência do acordo entre a Espanha e Napoleão, fomos invadidos e Olivença tomada, no incidente que se chamou Guerra das Laranjas. A Espanha foi depois condenada a devolver Olivença, que nunca cumpriu Não sei é se os "Oliventinos" quererão ser Eurocús.
A Espanha também reevindica Gibraltar cuja ocupação inglesa é mais antiga que a de Olivença
Há uma diferença essencial entre a ocupação de Olivença e a de Gibraltar: esta última é perfeitamente legal face ao Direito Internacional (Tratado de Utreque, 1713), enquanto que na zona de Olivença a fronteira internacional não está reconhecida - caso único na Europa - por Espanha se recusar a cumprir o estabelecido no Tratado de Viena de 1815, perante a apatia e demissão do Estado Português, claro.
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