22 janeiro 2007
Tenho saudade da saudade
Tenho saudades do tempo em que antes de rumar a norte todas as rotas se cruzavam no velho café das bombas de combustível do RALIS. Nunca me preocupei em saber-lhe o nome, por ventura minto, que interessa, aquele local funcionava como um farol na boca da barra. "A que horas?", nunca, mas nunca "Onde?". Porque era sempre ali, porque era sempre à entrada da A1. Qualquer um de nós chegava mais cedo, fosse para exorcizar o estremunhado, uns litros de gasolina ou umas libras de ar na pressão dos pneus, finalizados (mete-se uma bucha) com uma sandes de panado e um café amargo "para não nos dar o sono". Deve haver milhares de pessoas que cumpriram este ritual. O café a tabacaria e o posto de combustíveis já não são vetustos, estão grávidos de neons e plásticos refulgentes. A mim, e provavelmente a milhares de outras pessoas viajantes não nos passa pela cabeça comer Big Mac às seis da manhã, embora continuemos a rumar a norte.
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1 comentário:
Big Macs não digo, mas aquelas sandes americanas, triangulares, são um regalo em qualquer viagem!
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