Apanhei o meu amigo Nuno Markl a brincar com o site do primeiro jornal que consegui ler. Era um opúsculo religioso, produzido na Diocese de Coimbra, vendido aos Domingos à porta da igreja da aldeia pela minha amiga Maria dos Anjos e dava pelo nome de "Amigo do Povo". Fiquei triste por ver o Markl brincar com o Amigo do Povo (que ainda resiste), porque foi naquelas folhas que publicamente consegui ler as minhas primeiras linhas. Foi nas escadas da casa que era então do meu avô que ele me desafiou a mostrar-lhe os meus (fracos) dotes de leitor. Não foi grande a experiência, fosse pela fraca atenção do avô (que o lia aos Domingos depois do almoço em conjunto com o Borda d'Água, talvez as únicas publicações que me lembro de o ter visto decifrar) fosse por outra razão qualquer. Lembro-me de ter ficado um bocado aborrecido e de ter pegado no jornal mais tarde. À falta de plateia para me escutar, li o início de uma Epístola de S.Paulo aos únicos seres que tinha por ali à mão. Uma dúzia de galinhas a quem a conversão de nada valeu e não consta que tenham deixado de por ovos et pour cause.
13 março 2007
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3 comentários:
Eu não me devia rir tanto antes de ir dormir!!
No site do Amigo do povo vamos a clicar em "FastCounter by bCentral".
Será a volta das indulgencias?
Estou absolutamente contigo na cruzada de criar o "Clube dos Amigos do Amigo do Povo"
Passei muitas missas a ler a anedota e a tentar decifrar a "charada combinada" e a "charada em frase".
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