21 junho 2007

Chamam ao telefone o Dr.Pavlov

Tenho aqui um gato em casa. É mentira, tenho aqui um gato em casa que só cá fica durante três minutos, o tempo necessário para vir comer desalmadamente. O processo é simples, pelo menos parece simples, ele já conseguiu condicionar-me. Descrevo os passos. Saltar para a janela e miar como se não houvesse ninguém que o escute num raio de 500 metros. Esperar que o dono (deveria em boa verdade chamar-lhe promitente dono...) lhe abra a porta. Subir em grande velocidade a escada antes que o cão dê pela presença dele. (Em boa verdade ele dá sempre pela presença dele, mas suspira e deve pensar "Eu quero lá saber..."). Comer desalmadamente o máximo possível em três minutos. Descer a escada e saltar para a janela. Repetir o processo do miado. Esperar que o dono abra a porta. Adeusinho e até amanhã. Este gato chama-se Piggy, mas o nome está claramente mal atribuído. Devia chamar-se Pavlov.

25 comentários:

382 U disse...

piggy não deveria ser aquela refeição à venda nos CTT?

Pedro Aniceto disse...

This little piggy went to market,
This little piggy stayed at home,
This little piggy had roast beef,
This little piggy had none.
And this little piggy went...
"Wee wee wee" all the way home..

neca disse...

Ainda bem que falamos deste assunto.

Recentemente levamos para casa um gatinho de apenas 2 meses. E a Mafalda, espécime canino já lá habita. O primeiro encontro não resultou nada bem. Ela fartou se de ladrar pk keria ir ter com ele e o gato eriçava-se todo e fikou muito assustado.

Alguém me pode dizer como juntar um cão a um gato?

obrigado!
neca

Raquel disse...

Bem... eu só tenho uma gatinha... a Jùlia, mas por conversas com pessoas dadas a vários animais, isso vai ser muito complicado.
Cães e gatos é muito raro darem certo.... por vezes, como nas relações humanas, temos grandes surpresas... Não tem explicação.

382 U disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
382 U disse...

Ó neca, ou é no Nickelodeon ou no Cartoon Networks que resolvem esse problema... podia-te enviar uma imagem, mas não sei como. faz um find por Catdog ou vê:
http://en.wikipedia.org/wiki/CatDog

http://pt.wikipedia.org/wiki/CatDog

http://tbn0.google.com/images?q=tbn:FXtwXEbJA1MjvM:megapoxy.net/free/cartoon/catdog.gif

Anónimo disse...

Pedro, o Piggy devia era chamar-se Casanova... ou Don Juan. ;)

Para o gatinho do Neca: o melhor é separá-los durante 1 semana para se habituarem ao cheiro um do outro, e juntá-los em pequenas "sessões" sempre supervisionados, e ir aumentando progressivamente o contacto entre eles. Aos poucos irão, em princípio, habituarem-se um ao outro e reinará a paz no lar...LOL ou não.

382 U disse...

pedro,
e que tal fazer-se uma sondagem para renomear o gato?

Pedro Aniceto disse...

Um nome é para a vida. Azarucho.

Em ReSuMo disse...

Caro Pedro, esse rapazinho, o Piggy está claramente a demonstrar uma grande falta de respeito pela mão que lhe dá de comer pelo que, aconselho vivamente a trocar o que quer que seja que lhe dá de comer, por uma taínha do rio infestada de óleo :). Assim, aprenderá a respeitar e a saber que aquilo que ele vê como um rastaurante de fast food, é a casa que ele tem de respeitar :)

Pestes felinas em casa, tenho 4, mais dois canídeos, uma rafeira da mais pura linhagem e um PitBull. Acreditem ou não, existe uma sã convivência entre todos. Não há nenhum segredo para esta irmandade, basta saber o que os animais querem dizer e desta forma saber se podem ou não habitar o mesmo espaço em simultâneo.

Pedro Aniceto disse...

Neca, não te sei responder mas a opinião do Daniel é sábia. Cá em casa todas as habituações foram feitas com uma das partes muito jovem (mesmo) e muita mas muita supervisão (à base "Não te atrevas" - e isto é válido para os dois lados). Pode pensar-se que o cão tem tendência a impor-se mas nem sempre é assim. Um gato jovem (com poucos meses) pode tornar a vida de um velhote que quer é dormir e muitas festas um verdadeiro inferno. Nunca fotografei, é tudo demasiado rápido, mas já a assisti a situações em que o gato está PREMEDITANDO a próxima sacanice que vai fazer ao cão, que inclui rápidas descidas do alto de um armário e patadas amigáveis no focinho do cão. Eu presumo que são amigáveis, porque nunca vi traços de arranhadelas e suspeito que o gato, no dia em que o magoar, fique com muita saúde ou vontade de repetir a proeza. E às vezes eu penso que ele tem mesmo muita sorte. Já vi situações em que eles se defendem mutuamente quando um deles se sente ameaçado. (Por exemplo, uma das coisas que eu sei de que ambos não gostam nada e quando assim acontece "jogam" os dois do mesmo lado, é quando o aspirador se aproxima de um deles... Nessas alturas eles aliam-se de forma natural. E também já safei o Júnior (o cão) de uma "embrulhada" com gatos. Num local onde há imensos gatos vadios, perto do local onde o cão costuma passear. o Júnior descobriu um ninho de gatos bébés cujos progenitores não estavam por perto. Curioso como é, enfiou a cabeça dentro do buraco e quando percebeu, estava completamente cercado por sete ou oito gatos adultos que avançaram para ele com vontade de lhe fazer a folha. Nunca tinha visto isto e na verdade apreciei a forma rápida como se movimentaram não lhe deixando qualquer saída até à minha intervenção...

Em ReSuMo disse...

Tal com o Pedro Aniceto diz, e muito bem, é sempre conveniente que uma das partes seja o mais jovem possível. Isto não é ciência exacta, por exemplo, a minha rafeirinha quando chegou lá a casa, vinda directamente da rua (idade indeterminada), foi de imediato junta com o Nilo (gato com cerca de 3 anos) e não existiu nenhum problema. É sempre necessário conhecer bem os animais para que desta forma se consigam antever alguns problemas.

Já que estamos numa de "bicheza", aproveito para dar a conhecer uma Associação da qual faço parte da Direcção - Associação PitBull Oeste - www.pitbulloeste.com , da galeria, destaco http://www.pitbulloeste.com/Pepa.html

Anónimo disse...

Por norma (pelo menos a minha, que já é alguma coisa) as relações tendem a ser melhores entre animais de sexos opostos. O que é já um bom prenúncio para o neca.

Depois, os gatos são uns interesseiros. Pura e simplesmente. Nunca vi nenhum a socializar com cães sem ter interesses obscuros no negócio (agora de repente fiquei a pensar que o Joe também deve ser gato nalgum tarot...).

O meu, por exemplo, só baixava a guarda em noites de Inverno, quando dormia, literalmente, debaixo da cadela.

Talvez umas horas nalgum compartimento com ar condicionado no máximo, possam ajudar à socialização...

O problema que vejo aí, é precisamente a atitude do cão/cadela. Se forem pachorrentos, como era o caso da minha cadela e parece ser o caso do Júnior, a coisa funciona menos mal. Já se forem muito curiosos, a coisa torna-se mais complicada, porque o gato sente que não tem o domínio absoluto da situação...

Não devo ter adiantado muito...

Anónimo disse...

Gostei da ladaínha do piggy.

Onde é que aprendeste? Não foi na escola primária, disso tenho a certeza...! Nem na pré, que a Maria de Lourdes não tem dotes desses!

Eu só aprendi em adulto, em simultâneo com a minha filha (os ascendentes sul africanos da Ana a funcionar...).

Anónimo disse...

Para Neca:

http://tinyurl.com/2qquly

Link muito útil (e de confiança pois é apoiado pela Universidade de Stanford) com alguns truques e acções que se podem ter para introduzir novos "companheiros" em casas onde já existem cães ou gatos com lugar cativo. Só uma nota, o Feliway já não é comercializado em Portugal.

Abraço e boa sorte ;)

Pedro Aniceto disse...

FEROMONAS? Tenho a caixa de Spam cheia disso! :)

Unknown disse...

Gatos e Manias...
Na minha opinião o Dr. Pavlov agradecia a homenagem, mas se o gato fosse meu chamaria-lhe Speed Gonzales.
Fiquei tão sensibilizada que também quero expor o "meu drama", afinal eu tenho uma personagem bem felina e com as suas manias.A felina chama-se Mafalda, mas só liga o motor da brincadeira quando se lhe chamamos por Cucas. O ser peludo é preto, com uma mancha branca de baixo do pescoço, de olhos verdes e o passatempo dela é partilhar as bebidas com os seus donos e visitantes. A tecnica resume-se em: verificar que a sua vitima está desatenta; sentar se calmamente à beira do alvo; levantar a pata direita (e só a direita); mergulhar 3 vezes no copo escolhido (não me perguntem porquê, são tecnicas); levar á boca para satisfazer o capricho; o processo repete-se se lhe agradar senão abana a pata até se livrar do objecto roubado (imaginem como fica a mesa do meu estirador). Agora pergunto eu, qual será o nome indicado para esta personagem?

Até já
Ana

Pedro Aniceto disse...

Onde é que aprendi a ladainha? Ui, faz tempo e veio num "pacote" de aprendizagem de francês e inglês por uma senhora a quem fui "entregue" para fins correccionais quando era puto... :) Chamava-se Marina Marques da Silva, e faleceu faz bastante tempo sem que eu alguma vez lhe pudesse ter agradecido todas as centenas de horas daquilo que eu considerava uma enorme chatice e perda de tempo... Com métodos pedagógicos dignos dos anos 40 e 50 (métodos que eu odiava positivamentee que passavam basicamente por decorar centenas de verbos em cada dia, adicionando à lista apenas mais um por cada falha), esta mulher fez-me fluente em língua francesa e inglesa assim que cheguei ao então Ciclo Preparatório. Como disse acima, roguei-lhe muita praga mas nao há um único dia em que eu tenha de ler um texto em francês ou inglês em que mentalmente não lhe agradeça todo o tempo que investiu (gratuitamente) na minha formação. Há na minha vida duas pessoas que já desapareceram a quem nunca conseguirei fazer este tipo de agradecimento, ora porque fui demasiado burro ou jovem para o não ter feito em devido tempo. Não me consigo desculpar a mim mesmo nesta matéria. E se isso vos trouxar algo de ensinamento e tenham o mesmo problema que eu, aproveitem enquanto podem para agradecer a quem devem. Depois será demasiado tarde...

Pedro Aniceto disse...

Ana e de que é que ela gosta mais? Sugiro para nome "Martini"

Pedro Aniceto disse...

Shaken, not stirred!

Van Dog disse...

Uau! Estou a ver que ainda tenho muito que aprender... ;)

neca disse...

A TODOS MUITO OBRIGADO!!

Nunca pensei que obtivesse tantas respostas!

Todas foram levadas em consideração e já percebi que o segredo é levar as coisas com calma e criar o interesse em ambos pelo conhecimento mútuo. Pelo menos a Mafalda interessa-se no gato (sobretudo na comida) e pode ser que se unam contra o aspirador, a cadela já o faz.

Queria agradecer especialmente ao Daniel pelo link universitário!

Um dia mais tarde se eles acabarem por se dar bem eu prometo umas fotos!

;) abraços
neca.

Pedro Aniceto disse...

De facto não me lembrei de falar nessa "competição" pela comida (do gato). Já é um "vício" do cão ter de acabar com as migalhas do que o gato deixa, mas penso que é meramente uma questão de luta territorial, já que durante o dia ele não quer saber do prato do outro para nada...

me disse...

pois que direi...tudo dito!

eu tenho dois gatos, ou mais ou menos:
- uma gata que acha que é gente, e um gato que acha que é esfregona de chão,...ora como as mulheres detstam fazer limpeza, escusado será dizer que não se dão lá muito bem.
- acrescentando ofacto de ela o ter confundido com um saco de boxe quando chegou, e de ele a ignorar totalmente quando ela está com o cio....toleram-se....e lá sái uma sapatada quando ninguém está lá para dar ralhetes...
- no fundo, no fundo eu sei que se amam profundamente, mas isso sou eu que vi muitas histórias da Cinderella quando era pita.
:)

cristina amil disse...

A minha cadela é o melhor (ou pior) exemplo para explicar como juntar cão e gato.. a paixão da vida dela era um gato, que só via de vez em quando em Arcos de Valdevez. O bichano era dos vizinhos, mas adoptou-nos desde o primeiro dia que chegamos. A Tusca adoptou-o assim que o viu... ia buscar todos os bonecos para perto dele, na esperança de brincarem juntos. Ele, bem mais velho e mimalho até mais não (quem diria que era gato de campo) retribuia com uma turrinha de amor (que deixava a Tusca completamente desarmada).
Ainda hoje quando lá vamos ela procura por ele. Nunca passaram por nenhum processo de convivência. Foi amor e pronto.

(diga-se que a Tusca também chegou a levar os bonecos para a beira da gaiola do meu hamster...)