22 novembro 2007

Luiz Felipe Scolari


Apurou a Selecção de Portugal com vinte e sete pontos para o Euro 2008. No sorteio inicial do grupo A de apuramento, em entrevista dada a um repórter de televisão disse, ainda meros minutos eram passados sobre o preenchimento final das grelhas "precisaremos de vinte e oito pontos para a classificação de um apuramento tranquilo". Lembro-me de ter pensado "este tipo sabe-a toda, já fez as contas e tem um grupo que não é fácil". Fiquei a matutar naquilo, como se olha para uma grelha de adversários de diferente coturno e se pode afirmar com precisão a quantidade de pontos de um apuramento. Mas enfim ele não chegou onde chegou por não saber da poda. Vinte e sete pontos, apuramento no bolso. Os últimos doze jogos sem perder. É fustigado na conferência de imprensa onde dá uma magistral lição de marketing sobre o facto de jogar no Porto, onde à viva força a imprensa lhe quer criar um ambiente hostil (que não teve, o público respondeu sempre que Scolari se lhe dirigiu directamente). À pergunta "Portugal pode ser campeão europeu?", Scolari respondeu magistralmente com um "Agora pode, estamos apurados" mas perdeu em definitivo a paciência com outras perguntas e fechou a roda de imprensa. Os detractores de Scolari devem estar tristes, o que não é o meu caso. Obrigado!

14 comentários:

Azrael disse...

Obrigado Scolari, mas tenho saudades dos belos jogos da selecção.
quem sabe se veja isso no euro...

Anónimo disse...

Sinceramente, acho que foi uma fase de grupos muito triste para a selecção portuguesa.
Num grupo destes, era para garantir o primeiro lugar de caras!
O grupo é fraco? Nem por isso.
O grupo é forte? É capaz de ser.
Mas para sermos campeões temos que ser mais fortes que todos, principalmente contra os menos fortes.
Se continuarmos a jogar assim contra uma Itália, uma França, uma Espanha... até choram!

Ou temos uma selecção campeã, capaz de fazer frente a qualquer outra selecção, ou somos apenas outra selecção a fazer número e não podemos aspirar chegar ao topo.

Anónimo disse...

Obrigado MESMO! O Futebol é um bom reflexo do que é ser português e viver em Portugal. Mais que habituados ao 8, o 80 não serve! É preciso o 800...Não é que não gostasse de estar apurado mais cedo. Com boas exibições. Com muitos golos. Mas o objectivo era o apuramento, e estamos apurados. E a Scolari devemos isso. Todos.

Anónimo disse...

Não é bem uma questão de 8 ou 80, nem mesmo de 800 ou 8000.
A questão é muito simples: somos portugueses e parece que estamos habituados a ser pequeninos.

Se calhar a selecção portuguesa não tem a força da França ou da Alemanha mas se conseguimos tão boas prestações nos últimos campeonatos (europeu, mundial), qual é agora a meta? Fazer o melhor possível? Acabar em primeiro? Ou simplesmente estar lá e esperar não ser o desastre que foi em terras nipónicas?

Não é uma questão de speak up ou de multiplicar 8 por 10 ou 100 mas sim de colocar a selecção onde ela tem que estar.
Se temos os jogadores que temos, o seleccionador que toda a gente gosta (eu não gosto mas este não é o caso), ou se define que é para chegar ao topo ou se define que é para ir até onde a corda esticar.

Não se trata de ser português e viver em Portugal ou no estrangeiro, trata-se de ver as coisas com olhos de ver.

A meu ver (e foi apenas uma opinião que dei, acho que não fui incorrecto com ninguém) a selecção portuguesa tem potencial para fazer muito mais e, sinceramente, esteve muitos furos abaixo do seu verdadeiro potencial. Ou não?

Anónimo disse...

Diz o joão jotta: "Se calhar a selecção portuguesa não tem a força da França ou da Alemanha"

...ou da Inglaterra! Faltou esse exemplo de magnificiência futebolística!

A verdade, verdadinha, é que estamos apurados! E toda a gente sabe que é mais fácil jogar bem com os grandes do que com os pequenos. Lembram-se de termos perdido com a Grécia? Dessa vez ganhámos à Rússia, Espanha, Inglaterra e Holanda.

...não, no exemplo anterior, faltou mesmo dizer é que não temos a força da Grécia!

À sua dúvida, sobre se podemos lá ir fazer alguma coisa de jeito, respondeu Scolari: "Agora pode(mos), estamos apurados"

Anónimo disse...

Então ficamo-nos pelo 8 e depois pelo 80. OK. ;)
São opiniões diferentes de ver as coisas.

Pedro Aniceto disse...

Sobre os "grupos fáceis", dou a palavra a António Boronha, um ex-Vice Presidente da FPF que hoje escreveu:

vivi o antes, durante e depois de dois sorteios marcantes para a selecção nacional de futebol.
em bruxelas, no ano de 1999, para o 'euro 2000', o 'pesadelo' que ditou: alemanha, inglaterra e roménia como adversários em que se apurariam dois destes quatro;
dois anos depois em busan, coreia do sul, um outro emparelhamento, dito de 'sonho', para a fase inicial do 'mundial de 2002': estados unidos, coreia do sul e polónia.
os resultados decorrentes das duas competições são sobejamente conhecidos.

Anónimo disse...

Caro João Jotta:
Não julgue que o meu post era uma "resposta" ao seu. É apenas e só a minha opinião. E como tal nem o João Jotta foi "indelicado" nem eu. Felizmente, ainda podemos expressar as nossas opiniões, de forma digna.
E mantenho o que disse. De futebolês tecnico, confesso, percebo pouco, mas como adepto fico satisfeito por alcançar-mos esta fase final do euro. Outros,se calhar, explicariam melhor a fase de renovação que a selecção está a atravessar, com novas caras quase em todas as convocatórias, excesso de jogadores em determinadas posições e falta noutras e um sem fim de contrariades para um grupo mutante que se junta de tempos a tempos. Eu, compreendo que se calhar é dificil, assim fazer render o que se calhar é possivel. Mas o que sei, é que nos estamos a habituar a ir a todas as fases finais dos europeus e mundiais, situação que nem sempre foi assim. Muita da palhaçada que antes havia, e estou a lembrar-me do balde de água que o Nuno Luz levou em cima, quando fazia um directo para a Sic, deixaram de acontecer. Não tenho saudades nenhumas do António Oliveira como selecionador. Com dificuldade ou sem ela, parece-me haver um trabalho mais sério. É com estes olhos de ver, que eu vejo.
Ainda uma ultima nota: Com o futebol doméstico que temos, muito faz a selecção. O clube que melhor tem representado Portugal nas competições europeias (e com todo o mérito), o FCP, é conotado (e não me interessa se justa ou injustamente) com muitas mais "jogadas" das que se vêm no relvado. O SLB passa o tempo a apregoar a sua grandiozidade, mas no campo desportivo é irregular e leva ao desespero o mar de adeptos. E o (meu) SCP é uma eterna promessa...
Acho mesmo, que Scolari está a trabalhar de uma forma muito séria!
E para chegar-mos a primeiro, primeiro temos que chegar.

Anónimo disse...

In "O Jogo" de hoje:


FC Porto » Comentário

Levante-se

ALCIDES FREIRE


Ponto prévio: Scolari não é burro, nem o grupo da Inglaterra era o mais fácil da fase de qualificação do Euro'2008. Mas é verdade que Portugal não venceu qualquer jogo à Polónia, Finlândia e Sérvia, ainda que qualquer uma destas selecções esteja classificada abaixo do Top 20 do ranking da FIFA. Já agora, antes que alguém se levante, a Inglaterra, 11ª selecção do Mundo, ficou de fora do Euro'2008 por ter ficado atrás da Croácia (10ª) e da Rússia (16ª). É diferente. Por isso, não é falta de patriotismo questionar a penosa carreira portuguesa e recordar que foram contas mal feitas, de empates fora e vitórias em casa, que deixaram Portugal à beira de um ataque de nervos diante de uma selecção que nunca esteve numa grande competição e que teve entre os utilizados no Dragão o seu primeiro jogador-emigrante. E mesmo assim trata-se de um sueco que optou por ser finlandês. Scolari ainda estava em solo gaúcho e já havia portugueses nos melhores campeonatos europeus. Ganhar à Arménia, por 1-0, e empatar com a Finlândia merece assobios, até porque há quem ganhe e não se livre deles. É uma questão de expectactivas e exigência. No mesmo Estádio do Dragão, semanas antes, o FC Porto de Jesualdo Ferreira foi assobiado enquanto ganhava 1-0 ao Marselha, ainda que seguisse invicto na Liga dos Campeões e no campeonato. Continua assim, mas não se livrará dos assobios se no domingo ficar-se apenas pela vitória. É o azar de treinar excelentes equipas com óptimos jogadores. Sucede com Jesualdo o mesmo que Scolari não quis aceitar no final do empate com a Finlândia, com quem o mesmo Scolari ficou satisfeito por empatar em Helsínquia…

Unknown disse...

Quando se discute as performances de uma selecção que é considerada de Topo, com jogadores que jogam nos melhores clubes internacionais, pagos por ordenados milionários e aos quais são dadas as melhores condições.

É mais que legítimo que o publico (que é o mesmo que financia estes senhores) exija uma exibição a condizer com o seu estatuto de "estrelas".

Anónimo disse...

Somos muito pessimistas ou muito perfeccionistas!
Profissionalmente estes "treinadores" como é que se classificam? Também fazem uma auto-análise ou acatam os comentários desfavoráveis que recebem?
Eu nunca treinei jogadores de futebol, mas acho que este treinador só me pode arrancar um MUITO OBRIGADO (extensível também a estes jogadores). Abstenho-me de criticar o que não domino, ás vezes opino. Há muito Português que só admite a sua opinião, e nunca a permite se lhe for dirigida.
Quanto ao que ganham as estrelas não me aborrece quando me alegra a alma. Dão muito mais do meu para coisas e "coizos" que nos (e a gerações futuras) mentem, aldrabam e prejudicam bastante mais.

Um Português do NORTE E DO SUL E DAS ILHAS.

VIVA NÓS (1~12) TODOS!!

Scolari e Estrelas sois sempre bem vindos ao NORTE e ....OBRIGADO!!

Anónimo disse...

Dado que já foi aqui citado...

António Boronha in antonioboronha.blogspot.com

"com pouca glória e brilho nenhum

sem ter ganho qualquer jogo aos seus adversários directos, polónia, finlândia e sérvia, a selecção nacional apurou-se para a final do europeu, cumprindo, assim, os serviços mínimos. "

e ainda...

"para que conste e por ser verdade.
há, pelo menos, uma selecção a nível mundial que faz esta - a de scolari - 'corar de inveja'.
refiro-me à portuguesa antes do 'sargentão' tomar conta da equipa.
para além dos, também, 61 por cento de vitórias conseguidos por antónio oliveira, convém não 'esquecer' os 80 por cento de jogos ganhos (com 13 por cento de empates) de humberto coelho.
esse sim com o invejável registo de 14 jogos oficiais sem perder...em 15!!!
eu sei que ter tido um grande rui costa, uns intransponíveis fernando couto e jorge costa, para além do enormíssímo luís figo, ajudou bastante.
mas cristiano ronaldo, deco e os ricardos, carvalho e quaresma, não são mauzinhos de todo..."

enes

Pedro Aniceto disse...

"mas há que definir objectivos precisos.O Scolari achava bons resultados as vitórias em casa e empates fora mas nem isso se verificou..."

O objectivo preciso era o apuramento. não era jogar assim ou assado, bonito ou feio. O objectivo foi alcançado. What else?

L u i s P e s t a n a disse...

Alguém que recebe 500 ordenados mínimos tem de ser mais bem educado e respeitador