Por uma vez na vida concordo com Pedro Santana Lopes. O país está doido. De há uns meses para cá que o meu maxilar inferior anda com problemas de gravidade, cai-me de quando em vez com as parvoíces que vou lendo, ideias peregrinas de quem parece não estar na posse de todas as faculdades mentais. A verdade é que cada vez tenho mais dificuldade em mantê-lo (o maxilar) colado ao de cima... Perdi a paciência com a inventiva ideia do autocolante dos condutores perigosos, porra isto não lembrava ao diabo e ando curioso para ver quem foi o genial inventor de tão brilhante invenção, até porque quem quer que tenha sido, merecia ser condecorado com as insígnias da ideia mais imbecil do ano. (A invenção é tão parva que até a Associação de Cidadãos Auto-mobilizados, por quem nutro um ódio estimação muito particular, está de acordo comigo!) Agorinha mesmo caiu-me no mail, (proveniente de um comentário neste blog) uma petição não menos parva. A da esterilização obrigatória dos animais de companhia que não pertençam a criadores autorizados. Eu tenho, se me pedirem, muito prazer em fornecer mais ideias parvas. A proibição de comer jaquinzinhos excepto se se for pescador, a de se só autorizar a ingestão de figos a gente com mais de dois metros e a criação de um autocolante aplicado na testa de bloggers que manifestamente abusem da nossa paciência enquanto leitores.
07 novembro 2007
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33 comentários:
Quem é que queria esterilizar o Santana Lopes? Também não concordo...
O que mais me chateia na questão dos autocolantes para os condutores é que essa ideia veio num "estudo" elaborado por uma consultora.
Consultora que com toda a certeza eu e muitos como eu ajudam a encher os bolsos com estas ideias "PEREGRINAS".
EU GOSTAVA DE APANHAR É QUEM LHES PAGA.
sobre a ideia dos autocolantes, segundo parece, foi de uma "empresa portuguesa de design* e marketing" chamada "Peres & Partners"** adivinhe-se a mando de quem? das seguradoras, claro está. já viste o que poupavam com autocolantes que custam 0.0001 euro, ou menos?
Sobre a ingestão de figos, tenho uma sugestão melhor: permitir apenas o seu consumo a colegas de equipa de Luis Figo que tenho sido campeões pelo sporting, e a mim mesmo. Vai ser um fartote de figos...
*fica sempre bem ser uma empresa de design. dá aquele toque... assim "um bocado que" polifónico para pôr no telemóvel.
** o partners fica sempre bem, tal como o design. á um ar estrangeiro... apesar de eu gostar mais das "partenaires", aquelas moças com orelhas de coelho que dançavam em trajes menores nos telediscos (para as gerações mais recentes, telediscos são os avós do videoclip) do Tony Silva.
..."esterilização obrigatória dos animais de companhia que não pertençam a criadores autorizados"...
Isto não será um incentivo aos criadores/vendedores de raças caninas para deixarem de passar facturas?
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xxxtttt....dudu.....sai de cima do faied....
EU SOU UM CONDUTOR PERIGOSO E TENHO MUITO ORGULHO NISSO!
E mais! Um autocolante para mim não chega. Quero também uma sirene, luzes azuis a piscar e que se faça um aviso a todos os condutores para no caso de me verem na estrada, saiam da frente, afastem-se mesmo, porque... ah-ah... sou perigoso! Ò se sou!!!
Já agora, como é que é aferido o nível de perigosidade? Excessos de velocidade? Estacionamentos proibidos? Número de vezes que se é apanhado completamente distraído ao volante com o telemóvel colado na orelha?
Os figos para gajos com mais de 2 metros é boa ideia. É pena que a época tenha acabado.
Estes gajos precisavam que lhe colassem um "tócolante" bem colorido na testa.
Devia haver 3 cores diferentes:
COR DE ROSA CHOQUE: ESTUPIDO
VERDE FLUORESCENTE: MUITO ESTUPIDO
AZUL ELÉCTRICO: COMPLETAMENTE ESTUPIDO
Aquilo é que era, tudo tão colorido.....
O tradicional "acelera" vai começar a piratear o autocolante só para que lhe chamem "condutor perigoso".
Olhó ego ...
Já mandei fazer cinco autocolantes de condutor muito perigoso, e perguntam vocês cinco??
Respondo eu: - sim, cinco, um para trás, um para a frente, dois para os lados e um para .....cima, pois pode passar um helicóptero, e ficar com dúvidas acerca do porquê das manobras perigosas que posso, eventualmente ir a fazer.....
Não quero fugir do assunto, mas e já experimentaste fazer o pino para resolver o problema do maxilar.
A propósito de ideias parvas.
A maxilar por acaso não é uma loja de electrodomésticos?
Pois eu usei esse dito autocolante. Era amerelo e assinalava 90.
Isto foi durante o primeiro ano de "permi de conduire" no longínquo ano de 1979.
Foi a primeira coisa que comprei no dia em que passei no exame de condução. Porém, como ainda não tinha carro, tencionava colá-lo no carro do meu pai. Só me lembro de ter chegado a casa e o meu pai me ter dito: "bem,agora andas em cima do 90"
Eu fui ainda mais longe... Em vez do ovo estrelado em versão autocolante (não fosse a cola estragar a degradada pintura de vinte anos do meu glorioso Mini), investi CEM PAUS (tempus fugit!) num magnífico disco metálico com dois ímanes... Como a suspensão do carro era boa e eu todos os dias fazia a Infante D.Henrique que tinha um magnifico empedrado de klms, o disco durou exactamente UMA viagem... Nunca mais o vi e decidi naquele fazer a minha primeira transgressão nunca mais o voltando a usar...
a degradada pintura de vinte anos do meu glorioso Mini
Era um mini cooper encarnado?
Será coincidência? O meu primeiro carrinho foi um mini 850....(cinzento azulado). De vez em quando ainda tenho problemas de coluna por causa dele, mas deixou saudades.
Maxilar...empresa de electrodomésticos...só agora reparei...cada vez gosto mais deste blog
Notícia de última hora:
O Faied atropelou ontem uma viatura, aqui à porta de minha casa. Hilariante, foi imediatamente de castigo para casa e o dono dele mais o condutor do kangoo ficaram a tratar dos estragos assinaláveis do pára-choques.
O carro está bem, graças a Deus.
Era um glorioso porém vulgaríssimo Mini 1000 que me deixou imensas saudades. Sim, esquecer-me-ei das (poucas) vezes em que fiquei apeado e da primeira vez que pedi um reboque e o mecânico me disse "Eh pá vai ser difícil rebocar porque o motor está assente no chão!" ou da vez em que devido à minha pressa em montar-lhe eu mesmo um auto rádio (que quase fora mais caro que o carro...) tive de parar no Cercal a caminho de Lagos porque havia chamas no tablier...
Julgava que era só com torneiras...
Nós tivemos um dois cavalos que, ao travarmos, se abriam as quatro portas e o motor fazia o favor de se descolar dado que os apoios estavam partidos.
Aprendemos uma nova técnica de arranque para repor as situações.
em vez do rádio devias ter montado era um extintor
Sempre fui muito jeitosinho de mãos (dizem as boas linguas) mas a catátrofe está sempre à espreita quando eu tenho pressa. Em vez de soldar (não tinha solda e não tinha onde a ir buscar, pressionado que estava pela necessidade de fazer a minha primeira "longa" viagem), apenas torci os fios para as ligações e usei bela fita cola para os manter unidos. Não ter ardido mais cedo é que me espantou...
..."Aprendemos uma nova técnica de arranque para repor as situações."
NINGUÉM, mas é que NINGUÉM perguntará qual era a técnica!!! ;)
Bolas Pedro não podemos? Logo agora que eu ia perguntar.... :(
..."Aprendemos uma nova técnica de arranque para repor as situações."
Qual é a nova técnica???
Pronto já está. Toda a gente questionava mas ninguém teve a coragem de efectuar a pergunta.
Até eu estava com receio, mas enchi o peito e disse para comigo mesmo, "és um homem ou um rato".
Onde será que já ouvi isto.....
Como era eu que ia a conduzir passo a explicar:
Com o motor fora do sítio e as quatro portas escancaradas (plena av. da boavista) a solução é simples:
1º - calma
2º - ponto morto (salvo seja)
3º - meter a primeira (vocês sabem como é no 2 cavalos) e arrancar a fundo com o pé no acelarador bem encostado à parede. Acontece que o motor, de imediato, vai (foi) ao sítio e as portas fecharam-se automaticamente.
E lá fomos até Matosinhos.
Ahhhhhh! Não pegava de empurrão... ;)
A minha versão é igual, à do José.
Boa João é assim mesmo, há que enfrentar estas situações e chegar-se à frente, não para empurrar o carro, para perguntar, estávamos para aqui em pulgas para saber
Os 2 cavalos sempre tiveram muita dignidade. Eram lusitanos.
E o mini também. Uma vez ficou sem uma roda em plena autoestrada. A dita ultrapassou-me, pela direita (ainda por cima)e só parou num descampado uns 200 metros mais à frente. O mini lá continuou a queixar-se porque lhe faltava uma perninha e fiz-lhe a vontade. Enconstei, fui procurar a roda, saquei uma porca de cada uma das 3 rodas restantes e remontei o pneu que se tinha pirado com 3 porquinhas apenas. Lá fui até casa e ainda assim um mesito. Naquele tempo não havia muito dinheiro para comprar porcas.....
Já agora, foi no 2 cavalos que fomos de lua de mel.
A técnica deu os seus frutos...
como "...não havia dinheiro para comprar porcas", toca de comprar 2 cavalos. Este post podia fundir-se com aquele dos caracóis, ai podia, podia...
Livra!
Eram sete "cães" a um osso...para saberem a técnica.
Julgavam que íamos explicar.
Agora estou a ver a Eurosport: O'Sullivan quartos de final de Belfast.
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