01 janeiro 2008
Como de costume
Houve esta noite um homem que me mostrou o céu estrelado e me contou histórias de mar ensopadas em medos e alívios do regresso ao cais. Estrela d'Alba, Sete Estrelo, Três Marias. Uma espécie de GPS cósmico. Depois, com a mesma singeleza com que falou, calou-se. Calou-se porque cantavam um Fado que falava de milagres e pintores que afinal eram fadistas. Lá ao fundo, onde há anos que eu pensava ser Lisboa e afinal era Cascais, o céu ribombava numa espécie de orgia de luz e som. "Deixá-los, é deixá-los fazer a festa que amanhã não vão ao mar e ninguém tem medo. Depois de amanhã é que é pior, voltaremos a ser todos como de costume".
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2 comentários:
Pois é! Emoções, palavras, silêncios. Como é que o Lobo Antunes dizia?
E que o Mar lhes pareça sempre chão.
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