28 julho 2008

O Gaspar

Descobri no blog do Neca a história do Gaspar, um roaz corvineiro que se tem divertido que nem um mamífero a socializar com meia Europa atlântica e lembrei-me do Agostinho, um rato que vivia numa fonte de alimentação de um CPU de um cliente. Isto foi no tempo em que uma fonte de alimentação de um CPU tinha espaço para albergar uma família de humanos (se tivessem leques no Verão e se se apertassem um bocadinho) e os clientes tinham tempo, grão e paciência para pegar no Agostinho e metê-lo no bolso quando os técnicos de hardware tinham de fazer manutenções programadas. Lembro-me de que o Agostinho durou três anos e que era preciso avisarmos das visitas de serviço e levar bocados de queijo. O sacana nunca me mordeu, talvez pelo queijo ou pelo bom feitio. No dia em que lhe retirei o cadáver electrocutado de dentro da fonte, tive pena do Agostinho e do seu tratador. Nunca mais tive um Agostinho na minha vida, mas tive muitas baratas em fontes de alimentação. Só que nunca lhes levei queijo.

2 comentários:

neca disse...

Puxa, sinto-me tocado pela história do Agostinho.

Que a mim me lembra a história do "Christian the Lion".

E que diz muito bem: "When a Pet loves you, it's forever."

Que tal vai o Júnior ?

Patricia Lousinha disse...

O mundo é um T0...
E realmente não é só na vela que a pequenina Ana se revela. E imaginar que andei com ela ao colo. Bolas, que o mundo é mesmo um T0!