16 maio 2009

Lêndeas e narrativas

No exacto momento em que o corpo de Ernesto Samambaia (ou seria Gonçalves?) tocou no solo empoeirado do adro da igreja, fulminado por uma divina faísca enviada do céu pelo arcanjo de serviço à casa da guarda, Pedro Aniceto abriu uma página do editor de texto para escrever uma frase de abertura de um romance que nunca escreverá. Apenas participa, por mero gozo privado, num desafio de frases de lançamento de narrativas, onde é proibido escrever "Era uma vez". Mas continuo na dúvida se Gonçalves é mais prosaico que Samambaia.

2 comentários:

Rain disse...

E tenho que lançar a sugestão: Ernesto Prosaico também ficava a matar! Mas nenhum dos nomes é tão bom como o do pai da menina timorense que veio cá ser operada: "Pelágio Aparício". É quando a realidade supera a ficção.

Pedro Aniceto disse...

Ernesto Prosaico seria, por ventura, demasiado Agualusa...

Tem a sua piada que ontem mesmo, antes de ter lido isto, tivesse passado os olhos por uma extensíssima lista de nomes onde constava precisamente a explanação da origem de "Pelágio" enquanto nome próprio. Diz o documento que Pelágio é de origem grega e significa "excelente marinheiro".