19 julho 2009

Rifas

Haverá poucas vezes que eu fico sem palavras num diálogo com gente que conheça menos bem. Também haverá poucos meses em que alguém não me pergunte "Vai uma rifa?". As rifas fazem parte do imaginário português, não me imagino sem elas e sem os seus promotores que tentam angariar fundos para as coisas mais simples até às mais complexas. Faz tempo que limitei a compra de rifas às causas mais nobres ou a quantas me pareçam interessantes socialmente. E também as limitei quantitativamente uma vez que a fortuna raramente me concede os seus favores. Ontem, no mini-mercado da aldeia, depois de umas compras de ocasião, lá veio a questão "Não me fica com uma rifa?". Perguntei para que era e arrependi-me de imediato. "É para o arranjo da campa da minha filha". Em choque, dei a moeda e desapareci dali o mais rapidamente que pude. Em fundo ficou o eco do "prémio" que nem quis ouvir...

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