Como o assunto não é "plain" aqui fica: A ANA é do estado. A Portway é da ANA e do estado. A TAP é do estado. A Groundforce é da TAP e do estado. Fazem concorrência desleal entre todos. A ANA fica com 90% do dinheiro movimentado num aeroporto e quase não tem empregados nem despesas e dá milhões de lucro. Os outros ficam com migalhas, e concorrem entre si baixando preços e indo à falência. Tudo demasiado surreal.
10.08.2009 - 08h52 Lusa Cinco sindicatos que representam trabalhadores da TAP denunciaram a compra de 42 novos automóveis para directores da transportadora, dias depois da administração da empresa ter informado que não estão reunidas condições para fazer revisões salariais.
Num comunicado conjunto, a que a agência Lusa teve acesso, os sindicatos apontam a compra de "42 novos carros para directores [da TAP]" como "mais um exemplo digno de realce de medidas de contenção de custos".
Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP disse que foram adquiridas 30 viaturas, que vieram substituir automóveis "que já tinham muitos anos", tendo a substituição sido feita com "ganhos para a empresa".
Os automóveis em causa, acrescentou a fonte oficial da companhia aérea, "são para quadros da empresa que têm no seu contrato de trabalho o fornecimento de viatura".
No comunicado, os cinco sindicatos citam a carta que o presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, lhes enviou na semana passada na qual diz que actualmente "não estão reunidas condições para uma negociação [salarial] profícua".
As estruturas sindicais recordam que os rendimentos declarados por Fernando Pinto em 2008 totalizaram "816 mil euros, duplicando os de 2007", e que as despesas com salários dos membros dos órgãos sociais do grupo TAP ascenderam a "3,88 milhões" de euros em 2008,"mais de 17 por cento em relação a 2007".
A fonte oficial da TAP disse que a administração da companhia "não fechou a porta em definitivo" a uma revisão salarial este ano.
"O que foi comunicado aos sindicatos foi que, de momento, não estão reunidas condições para uma negociação profícua e que, havendo sinais que a permitam, a empresa admite analisar condições salariais, o que pode acontecer no último trimestre", disse a mesma fonte, realçando que "que os mecanismos de progressão automática conduzem, durante o ano de 2009, a aumentos bastante superiores à taxa de inflação".
No mesmo documento, os cinco sindicatos dizem que a compra da brasileira VEM (actual TAP Manutenção e Engenharia Brasil) serviu "apenas para encobrir prejuízos". "Os seis milhões de euros que a ME [Manutenção e Engenharia] da TAP teve de lucro neste primeiro semestre já foram comidos pelos treze milhões de euros de prejuízo da VEM", escrevem.
Sobre os números avançados pelas estruturas sindicais, fonte oficial da TAP disse que "são da responsabilidade dos sindicatos", adiantando que "as contas serão apresentadas na altura devida".
O comunicado é subscrito pelos sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (SITAVA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) e dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC).
A TAP encerrou o primeiro semestre do ano com prejuízos de 72,4 milhões de euros, um valor que compara com as perdas de 154,9 milhões de euros registadas em igual período de 2008.
4 comentários:
Estacionou na planície. Em Espanha.
My pain was vain when I plan to take a plane to plain.
Como o assunto não é "plain" aqui fica:
A ANA é do estado.
A Portway é da ANA e do estado.
A TAP é do estado.
A Groundforce é da TAP e do estado.
Fazem concorrência desleal entre todos.
A ANA fica com 90% do dinheiro movimentado num aeroporto e quase não tem empregados nem despesas e dá milhões de lucro.
Os outros ficam com migalhas, e concorrem entre si baixando preços e indo à falência.
Tudo demasiado surreal.
10.08.2009 - 08h52 Lusa
Cinco sindicatos que representam trabalhadores da TAP denunciaram a compra de 42 novos automóveis para directores da transportadora, dias depois da administração da empresa ter informado que não estão reunidas condições para fazer revisões salariais.
Num comunicado conjunto, a que a agência Lusa teve acesso, os sindicatos apontam a compra de "42 novos carros para directores [da TAP]" como "mais um exemplo digno de realce de medidas de contenção de custos".
Contactada pela Lusa, fonte oficial da TAP disse que foram adquiridas 30 viaturas, que vieram substituir automóveis "que já tinham muitos anos", tendo a substituição sido feita com "ganhos para a empresa".
Os automóveis em causa, acrescentou a fonte oficial da companhia aérea, "são para quadros da empresa que têm no seu contrato de trabalho o fornecimento de viatura".
No comunicado, os cinco sindicatos citam a carta que o presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, lhes enviou na semana passada na qual diz que actualmente "não estão reunidas condições para uma negociação [salarial] profícua".
As estruturas sindicais recordam que os rendimentos declarados por Fernando Pinto em 2008 totalizaram "816 mil euros, duplicando os de 2007", e que as despesas com salários dos membros dos órgãos sociais do grupo TAP ascenderam a "3,88 milhões" de euros em 2008,"mais de 17 por cento em relação a 2007".
A fonte oficial da TAP disse que a administração da companhia "não fechou a porta em definitivo" a uma revisão salarial este ano.
"O que foi comunicado aos sindicatos foi que, de momento, não estão reunidas condições para uma negociação profícua e que, havendo sinais que a permitam, a empresa admite analisar condições salariais, o que pode acontecer no último trimestre", disse a mesma fonte, realçando que "que os mecanismos de progressão automática conduzem, durante o ano de 2009, a aumentos bastante superiores à taxa de inflação".
No mesmo documento, os cinco sindicatos dizem que a compra da brasileira VEM (actual TAP Manutenção e Engenharia Brasil) serviu "apenas para encobrir prejuízos". "Os seis milhões de euros que a ME [Manutenção e Engenharia] da TAP teve de lucro neste primeiro semestre já foram comidos pelos treze milhões de euros de prejuízo da VEM", escrevem.
Sobre os números avançados pelas estruturas sindicais, fonte oficial da TAP disse que "são da responsabilidade dos sindicatos", adiantando que "as contas serão apresentadas na altura devida".
O comunicado é subscrito pelos sindicatos dos Técnicos de Handling de Aeroportos (STHA), dos Trabalhadores de Aviação e Aeroportos (SITAVA), das Indústrias Metalúrgicas e Afins (SIMA), Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) e dos Quadros da Aviação Comercial (SQAC).
A TAP encerrou o primeiro semestre do ano com prejuízos de 72,4 milhões de euros, um valor que compara com as perdas de 154,9 milhões de euros registadas em igual período de 2008.
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