Na sequência deste post, e porque todos podemos aprender com experiências menos boas de terceiros, passo a citar um email recebido sobre a matéria (iPhone):
Caro Pedro,
Sei que a probabilidade de ser o meu iPhone é reduzidíssima (até porque não tinha mobile me activo na altura que mo roubaram), mas nunca se sabe se um dia não aparece. Daí querer dar-lhe esta informação acerca do meu nº de série/imei do meu aparelho: (1P) Part Number: MC131PO/A (S) Serial Number: XXXXXXXXXXX IMEI: XXXXXXXXXXXXXXX
Após a parte mais prática e importante... passo a contar-lhe a história. Talvez a queira partilhar para outros saberem os perigos..
Dia 16/Dez fiquei sem bateria no meu telemóvel (iPhone) pelas 19h. Como ia a um concerto no Teatro Ibérico (em Xabregas) fui jantar num instante ao Vasco da Gama. Cheguei ao Vasco da Gama pelas 20h... e estive lá só mesmo para jantar qualquer coisa entre as 20h e as 20:30h. Estive na praça da restauração. Incauto e negligente como sou, penduro o meu blazer nas costas da cadeira. O meu iPhone estava naquele típico bolso de telemóvel, interior, no extremo inferior esquerdo dos casacos. Ou seja... naquela configuração estava mesmo mesmo a roçar o chão. Neste entretanto fui alvo de um "carteirista". É que... como não tinha bateria, nem sequer exibi o iPhone em público. Não chamei a atenção para ele... não o usei. Ainda assim o ladrãozeco teve sorte... encontrou o iPhone em vez da carteira. Penso que ele se terá colocado na cadeira atrás da minha, mas não tenho a certeza. A minha mulher estava à minha frente e não viu nenhuma manobra suspeita... mas estes tipos são bons naquilo que fazem. De tal forma que só no dia seguinte é que constatei que não o tinha. Como cheguei tarde a casa, nem o fui por a carregar, fui logo para a cama. No outro dia de manhã não o encontrei. Coloquei todas as hipóteses... ainda
andei à procura durante uns 2 ou 3 dias... telefonei para todos os lados onde estive mas nada.
Das duas... aconteceu uma:
1. Ou fui roubado no Vasco da Gama... o que pelas histórias que oiço, parece-me ser a versão mais razoável
2. Ou perdi o telemóvel em qualquer lado, e ele terá sido roubado ao ser encontrado. Infelizmente há poucas pessoas honestas.
Gostava muito do meu telemóvel, mas agora já não o tenho. É a vida. Temos que andar para a frente.
Já agora... quero louvar a sua iniciativa e o seu altruísmo em divulgar todas estas novidades. Quem sabe, um dia, o meu apareça também. Era tão bom.
Um abraço,
Pedro Marques
Quero começar por vos dizer que, embora tenha uma noção mais ou menos real do que passa lá fora em termos de roubos de equipamentos de informática, cujas quantidades diariamente participadas às autoridades são astronómicas, estou afastado dos números reais de equipamentos perdidos em termos de telecomunicações. A verdade é que estou siderado (é o termo!) pela autêntica vaga de emails recebidos comunicando o extravio de iPhone (por perda ou subtracção). Em pouco menos de 48 horas recebi dezanove mensagens com igual quantidade de números de série de iPhone. Tendo em conta que esta minha comunicação/apelo terá chegado a sensivelmente 9.000 destinatários (números acumulados de leitores da Mailing List "O Correio dos Outros", followers Twitter, Webpages da especialidade (Forum, Blogs, etc.), é uma quantidade impressionante a de telefones que andam fora da posse dos respectivos donos. (Cinco deles são, estranhamente - ou não - de pessoas que trabalham na mesma empresa, o que me leva a pensar se não terão por lá um "especialista" nesta matéria...).
Adiante. Recebi também algumas chamadas e mensagens de colaboradores das duas operadoras móveis (Optimus e Vodafone), oferecendo os respectivos préstimos para a tentativa de localização do proprietário, gesto que gostaria de saudar. Se alguns deles são subscritores da lista Apple da qual sou moderador e não esperava outra coisa senão a habitual entreajuda entre utilizadores da marca da maçã, outros casos houve em que por pura solidariedade e serviço se colocaram ao dispor para o que me pudessem valer nesta busca. É um gesto bonito, que eu e os clientes e utilizadores da empresa e dos serviços registamos com especial apreço. Há dias em que o mundo não parece tão "cão" como por vezes somos levados a pensar que é...
Entre as mensagens que recebi, veio esta de Pedro Marques que nos narra uma história quase banal de um descuido ou perda (nunca saberemos...) que nos pode suceder a todos em qualquer momento. Todo o cuidado é pouco.
A parte verdadeiramente feliz desta história que o Pedro Marques nos conta, é o facto de ser este iPhone (cujo número de série obliterei propositadamente) o telefone que está em minha posse e suponho que fiquemos todos (O Pedro Marques um "nadinha" mais do que todos os outros...) muito contentes com este feliz desfecho.
Uma palavra final para o gesto generoso da pessoa que me fez chegar este equipamento às mãos. Se me está a ler, agradeço-lhe (uma vez mais) o seu gesto de devolver algo que não lhe pertencia e ao qual fiz questão de secundar com esta busca que mais não fez do que seguir-lhe o exemplo. Se me está a ler (e acredito que o venha a fazer, mais tarde ou mais cedo), segue daqui um agradecimento pelo que fez.
Agora façam o favor de prestar (mais) atenção aos vossos telefones, que isto de "milagres" não sucedem (infelizmente) todos os dias.
23 janeiro 2010
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13 comentários:
Sendo certo que a dúvida para sempre ficará como chegou onde chegou, o que verdadeiramente interessa é que estão todos de parabéns! E o iPhone mai'lindo chegará a casa!
Não me parece correcto que não tenham aceite os meus préstimos de família de acolhimento.
Vou, como é previsível, encaminhar este assunto para a CPIR - Comissão de Protecção de iPhones em Risco, uma vez que o Proprietário Económico (e não biológico como muitas vezes designam) já denunciou negligência na guarda do mesmo.
:-)
Fico muito contente que iniciativas como esta (a ML do Pedro) funcionem tão bem e dêem os seus frutos (serão maçãs?)!
Parabéns, Pedro, pelo empenho e qualidade em gerir este tão enorme "Mundo" das nossas dúvidas e preocupações!
Abraço,
Teresa Bivar
Os casacos, nas costas das cadeiras ou mesmo vestidos (bolsos laterais), nas áreas de restauração são um manancial para os "amigos do alheio".
E, quando damos pela falta de alguma coisa, já é tarde...
O Pedro é o maioooor!
Esse telefone já foi usado pelo Pinto da Costa e pelo Tio Sócrates !!
Cuidado, é uma arma usada já em vários crimes !!
E provavelmente continua a ser escutado pela PJ e ... por mais não se sabe quantas pessoas. (com algum lag, jornais e utube)
;)
é bom perceber que, por vezes, ainda há histórias felizes. só é pena as tristes, as dos roubos, serem em tão maior quantidade que estas. enfim! parabéns pelo trabalho. nem que seja um, vale sempre a pena!
uma bela dica para estes casos
se esse pó branco que o cobre não for simples farinha triga é porque passou pelas mãos do luis Filipe Vieira
Estou super contente Pedro (pelos dois)!
Este blog não é bom. Este blog é muitoooooo boooooom.
Obrigadinho. ;)........no mínimo.
É realmente lixado perder qualquer coisa que estimamos muito.
Eu nunca perdi nada de especial, apenas uma bolsa de um telemóvel... e fiquei a bom matutar sobre a forma como o perdi (julgo ter sido mesmo à porta de casa, o que se torna mais frustrante).
Agora tenho um iPhone... e todo o cuidado é ainda maior, mais do que triplicado...
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