17 março 2010

O affaire "Trocas-te"

Subscrevo na íntegra as palavras da Blimunda. Também eu não me consigo rir deste episódio e estou inteiramente solidário com o desgraçado a quem isto sucedeu. Só quem já esteve em cima de um palco, aterrado pela pressão de um momento delicado ou importante, pode saber o número inacreditável de disparates que se podem acidentalmente dizer. Tive sincera pena do speaker. Sim, já cometi gaffes em palco e sobrevivi à risada, mas cada um desses risos ainda o recordo como se tivesse sido há minutos. Já me cortei em palco (e não dei por ela) durante uma demo de um equipamento e com o nervoso que me invadiu nem percebi que cada vez que mexia a mão ensanguentada a minha camisa ia mudando de cor. Já me ardeu um computador durante uma apresentação pública perante uma plateia. Já fiz arder a máquina de um ministro, à frente dele, fruto de um erro estúpido que só cometi por estar absurdamente nervoso e desorientado. Já enderecei uma proposta de negócio de muitos e muitos milhares de Euros a um VIP de apelido Carvalho, e no momento em que a discutíamos e eu distribuia cópias aos seis membros do Board que a iam analisar é que reparei que me faltava uma letra no apelido estampado na primeira página do documento... É por isso que a minha solidariedade está com este homem. Sejas tu quem fores, eu sei, shit happens.

4 comentários:

kincas disse...

"... and it hits the fan....."

O zézinho é que ficou com uma cara.....

;)

Luis Miguel Silva disse...

Pedro,

Mas se isso acontece e estas solidario, porque continuas a fazer posts com erros ortograficos? E humano e acontece :o)

Hugz,
Luis

Sandra Cunha disse...

Eu estou mais que solidária. Até acho que o senhor merecia um bónus.

Fartei-me de rir, mas não dele. Foi mesmo do Trocas-te :)

m.camilo disse...

Tive uma experiência idêntica em 1972 ao gravar a locução (em francês) de um filme sobre os Serviços Transportes Colectivos do Porto. Acompanhado pelos maiorais dos STCP que quiseram assistir, chegou uma altura em que deveria ter dito "e agora o eléctrico prepara-se para subir a Av. Saraiva de Car(v)alho. Isto alto e bom som. E não, não estava sentado num sofá o estupor da cadeira era dura comó caraças