Há meses largos fui chamado a emitir uma opinião sobre um diferendo entre uma empresa e um dos seus clientes, por força de um conflito de consumo que descambou numa escalada de reclamações cuja profundidade e importância atingiram na estrutura um nível elevadíssimo, coisa que é raro ver-se. Tenho fama de duro mas justo neste tipo de pareceres e depois de conhecer aprofundadamente o dossier, dei razão ao cliente e recomendei que o mesmo fosse ressarcido, recomendação que a empresa decidiu não acatar. É natural, que por via destas decisões as partes iniciem guerras abertas que terminam por norma em processos judiciais que não são do interesse de nenhuma das partes. Hoje, de visita a essa empresa, foi com espanto que verifiquei que o cliente (que conheci durante o processo de averiguação e que me pareceu completamente inflexível na intenção de estar disposto a uma longa batalha jurídica) permanecia como cliente dessa superfície e se tinha deslocado à mesma para adquirir mais material.
20 dezembro 2010
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3 comentários:
Ja ouviste falar num senhor chamado Leopold von Sacher-Masoch ?
Estou contigo. Também não percebo. O único poder do consumidor é penalizar quem lhe presta um mau serviço, deixando de recorrer a esse prestador. Se persiste no mau fornecedor, está a validar o tratamento que lhe foi dado.
Muitas vezes as pessoas dizem que é só uma compra, e que não faz a diferença mas, para mim, é uma questão de princípios.
A Ensitel pode não dar pela minha falta (refiro-me ao meu conflito em particular), mas eu sei que não voltam a ver o meu €€€ (nem o da minha família, já agora). E isso, para mim, conta.
Somoss um povo demasiado manso, meu caro!
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