José, de alcunha o "Terramoto", foi o mais rápido enrolador de cigarros que conheci. De profissão, cavador, endireitava a enxada numa brevíssima pausa no trabalho, e com um cotovelo apoiado no dourado cabo polido com a sua própria pele, fazia surgir do bolso do colete uma onça de Águia e numa mortalha cuspida a preceito fazia nascer um cigarro enquanto o Diabo esfregava meio olho. Sempre me fascinaram as magias de mãos hábeis treinadas por anos de prática. Talvez seja até algo mais que simples fascínio, quem sabe se inveja pura. No meu caso particular, de cada vez que decido dedicar-me ao para mim degradante acto de tentar produzir um cilindro de papel e tabaco, os resultados são quase sempre catastróficos. Catastróficos talvez seja exagero, que eu produzo magníficos cones que um vendedor de castanhas não desdenharia poder utilizar... Isto tudo vem a pretexto do anúncio que quero aqui solenemente fazer: O reinado de José, "O Terramoto", chegou ao fim!. Ele não está cá já para o saber, mas chegou. Desculpa, Zé.
07 setembro 2011
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1 comentário:
Este video está acelerado. o que lhe retira toda a piada.
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