31 janeiro 2006

Quem vê, Senhora, claro e manifesto

Luís de Camões deve ter contraído um empréstimo para aquisição de habitação. Não há outra forma de justificar estas linhas...

Este me parecia preço honesto;
Mas eu, por de vantagem merecê-los,
Dei mais a vida e a alma por querê-los,
Donde já me não fica mais de resto.

Assim que a vida e alma e esperança,
E tudo quanto tenho, tudo é vosso,
E o proveito disso eu só o levo.

Porque é tamanha bem-aventurança
O dar-vos quanto tenho e quanto posso,
Que quanto mais vos pago, mais vos devo.

4 comentários:

Anónimo disse...

Ou isso, ou ele frequentava o meretrício... :D Se bem que, há alguma diferença entre ambos? ;)

Anónimo disse...

A primeira quadra deste soneto onde está?

Anónimo disse...

Só hoje soube da existência deste blog (que vergonha a minha). E por isso cá vim deixar um abraço de continuidade do bom trabalho, trade mark de Pedro Aniceto!

Anónimo disse...

Ah ah ah, muito bem visto.