28 setembro 2006
Olhos que não lêem...
Alguém tem uma explicação racional para o facto de na leitura de dois textos absolutamente iguais, um impresso em papel e outro em formato electrónico, eu detectar mais falhas no que foi impresso do que naquele que está à frente dos meus olhos no display?
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Faits Divers
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10 comentários:
Um reflecte a luz, o outro radia. Um tem 100% de informação útil, o outro tem relógios, termómetros, icons, cores, saltos e outros movimentos. Num foi onde realmente aprendeste a ler...
O conhecimento que tenho sobre essa matéria é reduzido, mas basicamente posso dizer-te que:
1. os níveis de atenção e concentração na tarefa de leitura que se atingem ao ler no écran são, pelo menos aparentemente, mais baixos, do que ao ler em papel;
2. isso acontece, provavelmente, porque fomos "educados" para um tipo de leitura superficial e global do écran (e aí conseguimos captar muita informação em pouco tempo), enquanto que a leitura de um texto obriga a uma atenção especial;
Vê a primeira parte deste texto http://phoenix.sce.fct.unl.pt/simposio/07.htm, que embora não responda à tua pergunta, ajuda a entrar na questão.
É uma questão interessante, porque a Ana está a investigar sobre a edição electrónica de obras literárias, e sente, ela própria, a necessidade de imprimir os textos (muitas vezes já hipertextos) para os ler com atenção, o que na prática é um perfeito contra-senso!
será justificado pela natureza do suporte em que está a ser lido o texto.
é muito frequente perdermo-nos entre duas linhas seguintas no display enquanto que no papel por instinto o dedos sem se mexerem seguem o percurso dos olhos.
muitas vezes imprimo código fonte para analisar antes de dormir. embora os IDE sejam de alto nível com identificação de código por cores e uma boa identação o papel fornece uma segurança inconfundível que qualquer lápis ou marcador pode riscar e anotar noutra posição por meio de setas ou outros símbolos...
sou ainda muito adepto do papel para encontrar soluções ;)
Por causa dos pixéis mortos, ora!
Elementar meu caro, elementar...
Eu sou daqueles que acham um disparate estar a imprimir meia dúzia de folhas, riscá-las nos pontos onde detecto as falhas, remeter ao autor as incorrecções e aguardar as provas finais. É absurdo, até porque vendo mal, sou "perito" na caça à gralha, mas na realidade já dei por mim, depois de uma leitura em display a dizer "está ok" e depois a ser o próprio autor a encontrar erros que me passaram ao lado. Em papel isto quase nunca acontece... Eu não disse, mas complemento agora, a mancha gráfica é igual nos dois casos, já que o texto que releio electronicamente está já paginado.
Os pixeis mortos é outro campeonato... :)
A escrita gráfica também é feita com mais espaço físico e a nossa mão não saltita como os nossos dedos no computador.
Quanto às eventuais falhas no texto electrónico depois de lido e relido, creio que resultam,em parte, da luz do ecrã que nos "cega" um pouco.
Isto acho eu!
Não percebem nada.
A culpa é da impressora que não sabe escrever e dá erros.
Ora aqui está como um post num blog principalmente humorístico levanta coisas sérias. Limito-me a dar o meu testemunho pessoal. Sou incapaz de ler um e-book online. Imprimo-o e leio-o. Atavismo? O mesmo com o jornal. Nada me subsitui a sua leitura em papel. Muitas vezes regresso ao computador para ir buscar alguns artigos e gravá-los, para memória futura ou para me servir de base a notas no meu site.
É das poucas ocasiões em que gosto de utilizar o peecee...
faz-me a correcção (quase) perfeita do meu português a 50 palavras por minutp, oops, minuto.
Cheers,
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