Alturas há em que um tipo tem de meter travões a fundo na massa cinzenta para tentar perceber em que onda estamos quando dialogamos com outros. Foi o que me sucedeu hoje quando percebi que um dos meus vizinhos tinha deixado esquecido, um potentíssimo projector de halogénio no jardim, que há horas consumia electricidade. Toquei-lhe à campaínha, sem qualquer resultado. As janelas e portadas fechadas indiciavam a ausência do proprietário, embora a presença dos automóveis da família me fizessem supor o inverso. Peguei no telefone e peço ao leitor que atente no diálogo:
"Estou, M.? É para te avisar que deixaste o projector do jardim ligado..."
"O teu ou o meu?
"..."
"Eh pá vou já desligar, eu estou em casa!"
Terminada a conversa, saí para a rua e encontrei-o no passeio. O diálogo (?) continuou quando ele se me dirigiu:
"Eh pá, o projector estava ligado!"
O meu telefone tocou e salvou-o de uma pequena conversa sobre aquele botão de Reset que algumas conversas deveriam ter.
"Estou, M.? É para te avisar que deixaste o projector do jardim ligado..."
"O teu ou o meu?
"..."
"Eh pá vou já desligar, eu estou em casa!"
Terminada a conversa, saí para a rua e encontrei-o no passeio. O diálogo (?) continuou quando ele se me dirigiu:
"Eh pá, o projector estava ligado!"
O meu telefone tocou e salvou-o de uma pequena conversa sobre aquele botão de Reset que algumas conversas deveriam ter.
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