15 agosto 2007

Crise? Qual crise?

São vinte e duas e quarenta de uma noite de Terça Feira, véspera de Feriado e estou em Guia na mais turística região do país, o Algarve em pleno Agosto. Foi necessário entrar em cinco (!) restaurantes para encontrar um que não recusasse servir um jantar "devido ao adiantado da hora" (!). Num deles, (Teodósio, que a terra te seja leve), não bastou à criatura dizer-me com maus modos "Não vê que estamos fechados?", tendo eu franqueado a porta aberta e feito a pergunta no meio de uma sala bastante preenchida, como ainda ficou a resmungar algo como "Ora não queriam lá ver?" ao qual só não retorqui porque eu queria mesmo era jantar. Depois tenho amigos que ficam admirados quando eu sugiro que se despachem umas sandes ou uns hamburgers numa Área de Serviço... Não se esqueçam de me vir falar de crise, tá?

13 comentários:

kincas disse...

Deve de andar inchado com o franshasing.
Mas já não andam a correr assim tão bem.

Anónimo disse...

Tá!

Ana Ferreira disse...

Tens MESMO que aprender uma coisa: não há crise que chegue à comida... o melhor negócio do mundo hoje em dia é restaurante ou/e supermercado. Poupa-se em tudo até me medicamentos mas na boca NUNCA. aprende que eu não duro sempre (embora me esforce)

Luís Maia disse...

Esse Teodósio é o restaurante mais famoso da Guia, uma verdadeira fábrica de fazer dinheiro.
No verão é insuportável, as pessoa fazem filas enormes para comer, sabem o quê ?

Unicamente FRANGO, daqueles pequeninos frangos, franguinhos tipo Quim em dia de razoável inspiração.

Não se come ali mais NADA, penso que nem uma canjinha há, Frango e sobremesas, um queijito e umas azeitonas para entrada.

É um dos maiores mistérios gastronómicos que não entendo.

No inverno não tem a mesma afluência, mas enche com facilidade sendo uma casa que tem muitos lugares sentados.

L. Romudas disse...

Pois, quando estão cheios são sempre assim. Talvez se fores lá daqui a 6 meses empurram-te lá para dentro e atafulham-te de comida como tu nunca viste

Anónimo disse...

Mas esse restaurante não tem um horário de funcionamento?
Supondo que estava dentro do horário de funcionamento, havia lugares livres?
Supondo que sim, nada pronunciar as palavras mágicas: "O livro de reclamações, por favor."
Perante uma eventual recusa, uma chamada telefónica para as autoridades normalmente opera milagres...

Anónimo disse...

No início do mês também andei em Lagos a partir das 14h45 a correr vários restaurantes que, supostamente fechavam às 15h, mas que nos recusaram servir refeições. Quando a oferta é muita...

Cristina disse...

"Numa casa portuguesa fica bem
pão e vinho sobre a mesa.
Quando à porta humildemente bate alguém,
senta-se à mesa co'a gente.
Fica bem essa fraqueza, fica bem,
que o povo nunca a desmente.
A alegria da pobreza
está nesta grande riqueza
de dar, e ficar contente."

...

Pedro Aniceto disse...

...Mas esse restaurante não tem um horário de funcionamento?
Supondo que estava dentro do horário de funcionamento, havia lugares livres?
Supondo que sim, nada pronunciar as palavras mágicas: "O livro de reclamações, por favor."

Eu às vezes acho que o pessoal não lê os textos... Eu escrevi algo como "não retorqui porque o que eu queria mesmo era jantar". Cada minuto perddio ali só ia piorar a minha situação.

O Gato Preto disse...

Como o mundo é pequeno, ainda há dias tinha comentado este restaurante na ML com o Nuno Luz.

Anónimo disse...

Querias dado por Deus? Afinal, jantaste ou não?

JC

Bluejustin disse...

Por isso é que eu adoro o Alentejo, á hospitalidade é outra.

Anónimo disse...

A questão é:
Fizeste a pergunta em português ou em inglês?

É que o resultado é diferente, consoante a língua em que fazes a pergunta.

E isto, meus amigos, algarvios ou não, é a mais pura das verdades, experimentada por mim, tantas e tantas vezes quer no Algarve quer na Madeira.

Se eu fico caladinha, tratam-me às mil maravilhas, independentemente do horário ou do pedido (passo bem por estrangeira, sou alta, cabelos claros e olhos verdes), se abro a boca e falo português é na hora que o comportamento diverge completamente.

O que costumo fazer? Para já evito esses locais, e quando não posso evitar, faço tudo em inglês, excepto a despedida, que insisto em fazer num português perfeito com sotaque sim, mas de Lisboa.