19 agosto 2007

Rosário, o Day After


Gosto muito da localidade onde resido. Com pouquíssimas excepções, sendo que uma delas são as festas anuais. Cinco dias em que o número da população flutuante aumenta estratosfericamente, em que o som ambiente atinge a raia da loucura com as Cátias Vanessas e os Furacões da Música aos gritos em cima de um palco como se a sobrevivência do Universo dependesse das respectivas cordas vocais. São dias em que sair para ir beber um café implica deixar o carro à porta do bar por ser impossível trazê-lo de volta a casa. Os dias em que os grupos de bêbados e folgazões mais moderados provocam alguns estragos e sobressaltos a caminho dos lares. E os foguetes, santo Cristo, os foguetes que deixam os meus cães histéricos. Vá que tudo termina ao quinto dia conforme as escrituras e os programas que toda a gente conhece de cor. Com mais foguetes, é claro! E largos minutos de fogo de artifício, coisa para consumir em minutos mais de cinquenta por cento do orçamento da coisa...

Foto: António Dias

4 comentários:

filipe m. disse...

Não me faças começar a falar de foguetes... acho que este blog não aguenta com todos os impropérios que me ocorrem quando penso em tal assunto.

Anónimo disse...

O que te garanto é que, se por qualquer acaso ou contratempo, essa algazarra festiva não acontecer, vais sentir falta dela!

JC

Rain disse...

A única casa que reclama com os altifalantes ano após ano, nessa bela localidade que dá pelo nome de Póvoa do Paço (Cacia), partilha da tua angústia.

filipe m. disse...

Não me façam começar a falar de altifalantes...

Scrooge McDuck