Gosto muito da localidade onde resido. Com pouquíssimas excepções, sendo que uma delas são as festas anuais. Cinco dias em que o número da população flutuante aumenta estratosfericamente, em que o som ambiente atinge a raia da loucura com as Cátias Vanessas e os Furacões da Música aos gritos em cima de um palco como se a sobrevivência do Universo dependesse das respectivas cordas vocais. São dias em que sair para ir beber um café implica deixar o carro à porta do bar por ser impossível trazê-lo de volta a casa. Os dias em que os grupos de bêbados e folgazões mais moderados provocam alguns estragos e sobressaltos a caminho dos lares. E os foguetes, santo Cristo, os foguetes que deixam os meus cães histéricos. Vá que tudo termina ao quinto dia conforme as escrituras e os programas que toda a gente conhece de cor. Com mais foguetes, é claro! E largos minutos de fogo de artifício, coisa para consumir em minutos mais de cinquenta por cento do orçamento da coisa...
Foto: António Dias
4 comentários:
Não me faças começar a falar de foguetes... acho que este blog não aguenta com todos os impropérios que me ocorrem quando penso em tal assunto.
O que te garanto é que, se por qualquer acaso ou contratempo, essa algazarra festiva não acontecer, vais sentir falta dela!
JC
A única casa que reclama com os altifalantes ano após ano, nessa bela localidade que dá pelo nome de Póvoa do Paço (Cacia), partilha da tua angústia.
Não me façam começar a falar de altifalantes...
Scrooge McDuck
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