06 outubro 2007

Bilge pumps suck!

Pronto, eu sei, vocês estão tão interessados em bombas de navios como eu estou em receitas de favas guisadas. Mas a minha curiosidade "acendeu-se" hoje quando li que as naus da Indía estavam equipadas com bombas de sucção, coisa que eu achei absolutamente extraordinária e fiz algumas perguntas. E quando um tipo pergunta coisas a quem sabe, arranja matéria para meses... E não só nas naus tinham efectivamente bombas de sucção, como já os romanos dominavam a matéria com troncos escavados, peles de boi e outras tecnologias de ponta. A quem queira saber mais, resta ler a tese de Thomas Oertling "The history and development of ships bilge pumps". Alguma da informação que Filipe Vieira de Castro e Alexandre Monteiro me forneceram sobre rombos de casco, bombas e naufrágios tem pormenores deliciosos.

..."Sabendo-se que a velocidade do fluxo de entrada de água é proporcional à raiz quadrada da profundidade a que o rombo fica da linha de flutuação - por exemplo, um rombo 16 cm abaixo da linha de flutuação deixa entrar 4 vezes mais água do que um rombo situado 1 cm abaixo da linha de água, para rombos da mesma dimensão e na mesma posição do casco - fácil é calcular que, quando a água que sobe no interior do navio cobre o rombo, o influxo de água passa a fazer-se na razão da raiz quadrada da distância entre a linha de flutuação e o nível da água dentro da embarcação." (Vou pensar nisto da próxima vez que estiver dentro de um barco a afundar-se...)

..."Paradoxalmente, quanto pior fosse o cheiro que emanava do interior do navio, tanto mais contentes estavam as suas tripulações, já que tal era sinal seguro de que o navio era suficientemente estanque, ao não permitir a renovação da água estagnada no interior do porão - ao contrário, se durante o bombear diário do navio, a água viesse limpa e inodora rapidamente se poderia concluir que o navio tinha um rombo na sua estrutura, com todos os perigos daí advenientes. )"


As minhas desculpas a Alexandre Monteiro por ter baralhado as fontes.

43 comentários:

Anónimo disse...

Lá vou eu para o último terço da lista....

Com esta teoria está então compreendido que, por analogia, o rombo da nave benfiquista não é perigoso a ponto de fazer com que a embarcação se afunde ainda mais. Até porque o "aroma" que emana do seu interior permite descanso psicológico suficiente para toda a tripulação.
Ainda bem, não desejo mal a ninguém, mas por via das dúvidas mandava já sair as mulheres e as crianças. Não vá às vezes purificarem-se as águas durante o bombear e então era uma chatice.

Como diria Durão Barroso em 1974 "Longa vida ao timoneiro". São os votos de um pirata do Norte, apesar de tudo preparado para uma hipótese académica de lhe acontecer o mesmo no decorrer destas viagens conquistadoras. ;)

Ana Ferreira disse...

Ahahahahahah arranjei companhia :) ainda por cima uma boa companhia, mas o PA é correcto, quer dizer um cadinho, não nos vai colocar no último terço, só para nos contrariar José Camilo, ele é sempre do contra ;)

Ana Ferreira disse...

Ahhh e por falar nisso não é que concordo com Vieira????? Eu sei é uma coisa praticamente impossível de suceder mas concordo, também eu confio: "Vieira: «Super bem servidos» - CONFIANÇA EM CAMACHO E NA EQUIPA"

Anónimo disse...

Hmmmmmmm! Então foi por isso que nos afundámos na masseira (um espécie de mesa com uma caixa onde se amassava o pão) que eu roubei à minha mãe (teria os meus 12 anitos) e que, depois de lhe ter cortado as pernas, transformei num barco. De facto, comigo e com o meu irmão dentro, ela metia alguma água de que nós nos víamos livres com uma pequena lata de conserva. O problema foi quando entraram mais dois galopins…
A raiz quadrada soubemo-la depois, à noite, com o meu pai…mas isso é outra história!

Pedro Aniceto disse...

Quando entraram mais dois galopins é que foi o carvalho! :)

Pedro Aniceto disse...

JC se ainda tiver a ventura de ter a sua mãe viva (ou mesmo se souber de cor), conseguiria deixar aqui aquela ladainha do fermento e da cruz na massa? Já vi e ouvi uma boa dúzia de versões diferentes sendo que uma das mais hilariantes pede "que Deus nos proteja, dos homens maus e dos ladrões e faça crescer estes pões..."

Anónimo disse...

É! Mas verdadeiramente "carvalho" foi à noite, quando o meu pai chegou!

JC

Pedro Aniceto disse...

José Camilo, a sua piadola do mau cheiro é do mais fino recorte...

Anónimo disse...

Ena pá, era isso! Felizmente a minha mãe ainda anda por aí, a queixar-se das dores nos joelhos...logo já lhe pergunto. Lá em casa havia muitas ladainhas a "sacudir" os ladrões e os maus vizinho do pé da porta. Mas, por regra, eu só despertava quando chegava a salvé-rainha. Não consegui decorar...

JC

Pedro Aniceto disse...

Daqui a pouco também hei-de perguntar a versão das Courelas. Oh Antunes, vocês chegaram a amassar pão, ou era como eu, que era mais brindeiras?

Anónimo disse...

Agora pra meter nojo!:
Lembro-me de ver a minha avó a tapar a porta do forno com bosta de vaca e depois, com o dedo indicador, a fazer os furinhos nas netinhas que cozia para dar aos galopins que se enrodilhavam nas suas pernas. Nós ainda cá andamos...

JC

Pedro Aniceto disse...

Suponho que as suas "netinhas" sejam as minhas "brindeiras" (bolas que até me nasce água na boca...). Pequenos pães de milho recheados de tiras de presunto, cebola e mais uns mimos que podiam até incluir sardinhas... (Oh Antunes! - Os Antunes são meus primos e são uma espécie de reserva moral da família, vocês sabem fazer brindeiras?)

Pedro Aniceto disse...

Não me é estranha a utilização de bosta, mas não para os mesmos fins. O meu avô, Joaquim Antunes, que descanse em paz, barrava os enxertos (em que era Mestre) com uma mistura de bosta e barro tudo devidamente atado numa tira de sarapilheira.

Anónimo disse...

Depois de ler as "entradas" do JC e do PA, fico com um ligeiro ciúme de ter nascido mesmo no centro da cidade. As passagens pelas casas de família na aldeia, durante as férias, não foram suficientes para deixarem recordações como as que ambos contam.
Netinhas, courelas, brindeiras, vá contem mais que eu quero saber.

Pedro Aniceto disse...

Courelas é um sítio, não chega a ser aldeia, terra natal da minha mãe e tia (estupidamente não sei se a minha avó materna que não cheguei a conhecer em vida era das Courelas...), e consequentemente do clã Antunes, local onde desfrutei da ruralidade tal como ela era nos anos sessenta e setenta. Já não tem nada a ver com que existia (e ainda bem), se bem que em alguns aspectos tenha pena.

Pedro Aniceto disse...

A minha frase "não a cheguei a conhecer em vida" não é uma frase estúpida. Sou das poucas pessoas (não deve haver muitas com histórias deste calibre para contar), mas só conheci a minha vó paterna uns bons 15 anos depois de ela ter falecido. Foram uns breves instantes é certo, mas foi assim mesmo. Mas pode ser que um dia calhe escrever sobre histórias de terror...

Anónimo disse...

Anda por aí alguma confusão entre avó paterna e materna, mas não interessa: vindo de quem vem, gostaria mesmo era de conhecer a história desse "encontro imediato". Contam-se muitas passagens dessas, mas a primeira coisa que coloco em causa é a credibilidade.

Já neste caso...

JC

Pedro Aniceto disse...

Bom de facto não está lá muito "católico" mas ambas as avós, materna e paterna já tinham falecido quando nasci.

Anónimo disse...

Ana
O Pedro sabe perfeitamente que não é o clube que nos chateia, mas quem lá está actualmente a dirigi-lo. Palavra de quem já andou aos saltos num estádio a rejubilar por um golo marcado (já não me lembro por quem) e que deu empate para a então "liga dos campeões". Corria o ano de 1964 e encontrava-me "exilado" em La Chaux-de-Fonds (Suiça). O prazer que me deu é difícil aqui descrever. O que eu queria nos meus então 15 anitos era sentir e fazer sentir que algo da minha terra valia a pena.

Anónimo disse...

Oh Camilo, ciúmes de quê? De brincar com taramelas, fisgas, rodas de arame, sei lá que mais, e de ter recebido o primeiro par de sapatos (eram verdes) quando tinha onze anos, a título de folar da páscoa? O meu irmão também recebeu uns: no domingo de manhã ia para a missa, estava um dia de chuva miudinha, os sapatos desapertaram-se e, como estavam húmidos, quando foi apertar os cordões, os sapatos rasgaram-se. Ainda hoje o gozamos com os sapatos de papelão!
JC

Ana Ferreira disse...

Xiiii a minha tia também fazia brindeiros (aqui é no masculino, ou pelo menos os dela eram) com carne de vinha d'alhos, era delicioso até dizer chega, demasiado bom para ser verdade :D
Há dois anos no Natal o meu primo tentou que uma senhora do Estreito de Câmara de Lobos fizesse brindeiros mas ficaram a léguas, muitas léguas dos da minha tia. AI QUE SAUDADES!!!!!

Pedro Aniceto disse...

Ui! Não tem nada a ver com visões ou fantasmas! Coisa terrena e sem dramas e facilmente comprovável experimentalmente. Sucede que quando eu tinha uns doze/treze anos o meu pai me convocou para uma trasladação dos restos mortais da senhora dona Amália. Ele lá entendeu que eu já tinha idade para "assuntos de adultos" e informou-me que iríamos ao cemitério acompanhar o levantamento dos ossos para uma outra sepultura. Não fiquei lá muito impressionado, não me pareceu de bom tom dar parte fraca e numa bela manhã de Sábado lá fomos ao encontro do coveiro para proceder à operação. Suponho que à segunda cavadela do coveiro na campa em questão eu já estivesse um bocado entediado com a manobra, afinal eu já vira cavar o suficiente nas campanhas da batata do meu avô e aquilo não me pareceu ser nada de entusiasmante, pelo que fui perseguir lagartixas para o muro do fundo do cemitério (ainda hoje é um belo spot de lagartada...) operação que requer olho vivo e mão certeira como alguns de nós bem sabemos... A verdade é que de quando em vez eu voltava à campa para ver como paravam as modas e numa dessas vezes percebi que o ambiente não era o melhor. O coveiro, que esforçadamente já tinha cavado qb, gritava para o meu pai que tinha havido um engano, que não era aquela campa patati, patatá e que corríamos todos perigo de vida pois podíamos morrer todos logo ali... Claro que esqueci de imediato as lagartixas, aquilo sim era muito mais emocionante, a ideia de uma ameaça de morte não era coisa que se desprezasse a um Sábado de sol... O coveiro insistia que a urna era "fresca" (assim se designam os enterramentos recentes, o meu pai jurava que não (até eu sabia que aquela era a campa que ele visitava com frequência). Estávamos neste impasse do "é esta, não é esta" quando o coveiro me pediu que fosse à casa do Padre pedir para avisar o Delegado de Saúde, espera aí que já vais, daqui não saio daqui ninguém me tira, isso é que era bom, não querem lá ver o desmancha prazeres. Em enorme alvoroço lá se foi pedindo às poucas pessoas que naquela hora estavam no cemitério (que é pequeno) que saissem, o que consegui fazer já que isso não me obrigava a sair dali. Veio o Padre, veio mais um "perito" que não me cheirava que fosse autoridade nenhuma porque tinha vindo da taberna (e vai daí não sei e nunca virei a saber) e fez-se ali uma assembleia estranha, tudo a olhar para o fundo do buraco onde ainda só se via terra mas onde se adivinhava o plano liso da urna. Pá daqui, pá dali, lá apareceram as tábuas, as ferragens, o sempre eterno crucifixo, tudo com ar de quem já tinha visto melhores dias de desconjuntado que estava. Nova paragem dos trabalhos, o meu pai um bocado aflito, os outros ainda mais, quando o "dito" perito declara alto e bom som "isto não pode ter vinte anos, é campa enganada com certeza". Cresce a angústia, a emoção já inunda a cena, o que fazemos, tiram-se as tábuas e ficamos já com a certeza. Comigo empoleirado num monte de terra, a tentar não resvalar para dentro do buraco (é um trauma antigo e de cada vez que vejo isto no cinema ainda me lembro da imagem), lá vieram as tábuas, as ferragens, o crucifixo (que me avisaram logo que não era coisa com que se pudesse ficar, tá mal...) e o que aparece debaixo da madeira? Uma bela cobertura de chumbo que alguém em má hora não tivera o vislumbre de retirar... Caso não saibam e aprendi-o mais tarde noutras operações de exumação, quando a cobertura de chumbo (era o que era usado antigamente, agora é apenas zinco) não era retirada, a produção de gases não tem por ende escapar e dá uma forma estranha ao conjunto de chumbo selado, fica oval, parece um menir arredondado. É nesta altura que chega o Delegado de Saúde, aborrecido que nem um perú de Natal e decreta que só há uma forma de resolver aquilo, que é precisamente furar o chumbo e fugir a sete pés se se ouvir algum silvo que siginificará que existe gás no interior. Por esta altura já eu estava um bocado azulado de não respirar há uns bons minutos, alguém reparou e disse "Pá, enquanto não furarmos isto podes respirar", ainda bem que avisam quando não fico já aqui, o buraco já está aberto e tudo... (Já volto, deixa-me gravar isto senão o Murphy ainda me visita)

Anónimo disse...

JC
Atenção: Fisgas, rodas de arame, competição de "sameiras" pelo passeio fora, o bueirinho (jogo em que utilizávamos as meias de vidro da mãe e que consistia em acertar com as bolas, então produzidas, nas saídas das águas pluviais) isso gozei eu de carago na minha infância. Só que ao entrar em casa era já tudo elétrico, daí a minha ansiedade das férias de verão para ir até à aldeia descobrir outras coisas (como fazer por exemplo o meu primeiro cigarro de barbas de milho, entre outras coisas).

Anónimo disse...

Parece-me um desperdício estar aqui a desfiar esta belíssima história no enfiamento de uma questão de "raiz quadrada", quando ela dá um excelente post para hospedar na biografia!
Vá lá

JC

Anónimo disse...

Concordo. Isto já está a ficar um pouco surrealista. :)

Ana Ferreira disse...

pois Pedro é melhor meter num post à parte, é deliciosa a história, a não ser que não queiras que o mundo sabe que em determinada altura, ainda que longínqua, ainda que por pouco tempo, ficaste AZUL

Ana Ferreira disse...

Correcção: que o mundo SAIBA

Pedro Aniceto disse...

Xiiii a minha tia também fazia brindeiros (aqui é no masculino, ou pelo menos os dela eram) com carne de vinha d'alhos, era delicioso até dizer chega, demasiado bom para ser verdade :

O drama destas coisas é que quando se recuperam sabores, eles nunca parecem ser iguais ao que eram...

Anónimo disse...

E ainda por cima há gente que conhece La Chaux-de- Fonds...

Aonde é que isto irá parar???

Pedro Aniceto disse...

La Chaux de Fons é mais conhecida que o Zé dos Plásticos! É terra natal de Le Corbusier e de Chevrolet, sim, esse mesmo, o dos carros. E nasceram mesmo lá na terrinha e não a bordo de uma ambulância quase à entrada de Estremoz...

Anónimo disse...

Exactamente. E é também a metrópole da relojoaria suiça.

Anónimo disse...

Olá Pedro,

Desculpa lá, mas o clã Antunes deve ter andado bastante ocupado este fim-de-semana (o Hélio está a repôr a sua peça de teatro e a Filarmónica faz anos...). E eu tirei o fim de semana para dar umas voltas de BTT com a criançada.

Já tinha "cheirado" os comentários, mas como eram muitos, só agora cheguei ao teu apelo.

Quanto a saber fazer as brindeiras, não arrisco, porque a Maria de Lourdes (minha mãe e tia do PA, para os estranhos) não nos reconhecia (repara bem neste Pretérito Imperfeito...!) dotes culinários suficientes para entregar em mãos alheias tal tarefa. Mas creio que o fundamental ali era mesmo o forno. Nem sei como estará, mas se fosse possível voltar a fazer pão nele, acredito que ainda havias de salivar mais um bocadito.

Já quanto às rezas, a coisa passou-me muito ao lado. Mas a Maria de Lourdes sabe isso de cor.

Como por estes dias estou a ser convocado para reuniões saudosistas (uma com colegas de Timor e outra com um grupo espalhado por aí, em que um está no Japão), talvez não fosse má ideia pensarmos numas brindeiras quentinhas nas Courelas, um dia destes, o que achas?

Pedro Aniceto disse...

É que acho muito bem, mas muito bem mesmo! Temo no entanto pela saúde do forno, coisa vetusta e do qual me parece ter ouvido comentar uma desgraça qualquer tipo Afonso Domingues "A abóboda não caiu, a abóboda não cairá...", mas pode ser apenas uma impressão passageira...

Alexandre disse...

por acaso, a autoria desse relambório todo sobre bombas de navio é minha e não do lfvc... se fosse dele, estaria infinitamente mais bem escrita... :)

Alexandre disse...

por acaso, a autoria desse relambório todo sobre bombas de navio é minha e não do lfvc... se fosse dele, estaria infinitamente mais bem escrita... :)

Anónimo disse...

As famosas Merendeiras!
Lá em casa eram tal como tu as descreves, e eu ainda tive o privilégio de me passarem algumas pelas mãos. Sabes, é que essa parte só era concedida a quem gramava com o acarreto, às costas, dos molhos de vides secas, que normalmente estavam numa pilha em frente à porta da adega, para se aquecer o forno. Pronto, agora já sabes porque é que uns as faziam e outros não :).
Já na Levada, em casa da minha avó Mabília, que Deus a tenha, a massa era misturada com um preparado de azeite e cebola picada... (já estou a salivar!). Eh pá, se aquilo era bom!

Rui Antunes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Rui Antunes disse...

Bom, não era para dizer nada mas já que estamos a falar disso ainda este domingo "ajudei" a tratar uma fornada de pão onde não faltaram as respectivas "brindeiras"... e se eram boas... ainda hoje de manhã comi uma que veio à "sucapa".
Ahh e como a malta (o meu cunhado) estava entusiasmado, ainda fez uma fornada de broas dos santos amassadas com passas de uva e nozes... um verdadeiro espetáculo!

Pedro Aniceto disse...

Rui: Vais ter muitos amigos a visitar-te no lar, vais...

Pedro Aniceto disse...

Sérgio: As brindeiras da tua mãe também levavam por vezes cebola. A mesma receita para as da Tia Marta.

cristina amil disse...

Sou duma geração bem mais recente mas tive o prazer de usar uma masseira (sem ser como barco!) de por o pão a cozer no forno a lenha (sem bosta) e ouvir muitas ladaínhas ao borralho.

Irra que sabeis fazer crescer água na boca!

Pedro Aniceto disse...

Deixar aqui o texto da ladainha é que está quieto...

Anónimo disse...

S. Vicente te acrescente…
S. Mamede te levede
S. João te faça pão…
E Deus Nosso Senhor te deite
Sua divina benção
O Senhor te acrescente
E te queira acrescentar
Para comer e mais para dar…
Em nome do Pai, do Filho
E do Espírito Santo, Amén.