Corre por estes dias na TSF um clip sonoro de uma intervenção parlamentar de Jerónimo de Sousa, num remate em citação que me fez pensar em localizar-lhe a origem que me parecia vagamente familiar. Tinha as minhas razões, é de António Aleixo e reza:
..."Vós que lá do vosso império
prometeis um mundo novo
calai-vos que pode o povo
querer um mundo novo a sério"
07 outubro 2007
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3 comentários:
Sim, mas se calhar, no actual contexto político, esta (também do Aleixo) ajustar-se-á melhor, oh Jerónimo!:´
Tu, que tanto prometeste
enquanto nada podias
hoje que podes, esqueceste
tudo quanto prometias
Ou melhor ainda, e esta é do Mel Brooks:
Life stinks!
Discurso de Oliveira Martins em 1892
"Para mim a crise, sob a qual nós vergamos, tem de ser encarada sob três aspectos. O primeiro é o desequilíbrio orçamental; o segundo é a circulação fiduciária; e o terceiro é o desequilíbrio capitalista ou económico, como se quiser chamar, quero dizer, a diferença entre o ingresso e as saídas, quer de mercadorias, quer de capitais.
Ora, invertendo a ordem por que enumerei estes três elementos, começarei pelo último. Não cansarei a câmara reproduzindo algarismos que todos conhecem, e fazendo considerações que hoje, felizmente, estão no espírito de todos e que é deplorável que o não estivessem há muito tempo; (Apoiados.) porque o facto é que, desde longos anos, nós vivemos uma vida completamente artificial, abandonando as fontes da riqueza natural do pais. Nós chegámos a este estado, verdadeiramente anormal, de consumir exclusivamente produtos estrangeiros e de trabalhar exclusivamente com capitais estrangeiros; (Apoiados.) de nos dessangrarmos anualmente com o serviço desses capitais e com o preço desses produtos! Assim vivíamos efectivamente e assim vivemos durante largos anos, se o espaço de meio século, pouco mais ou menos, se pode chamar largos anos; mas vivemos como? Vivemos exagerando a soma da dívida pública até às proporções verdadeiramente esmagadoras em que hoje se encontra."
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