Oleg. Oleg K., que o apelido que tem gravado na placa de plástico que lhe pende do uniforme cinzento é demasiado complicado para que eu alguma vez lho tenha memorizado. Há quase um ano que nos cruzamos na caixa de um posto de abastecimento de uma gasolineira. É novíssimo, se não é parece-o. Num cálculo desajeitado juraria que nem dezoito anos tem. Reparei nele no dia em que devido a um engano de trocos, tentou articular um pedido de desculpas tão formal quanto educado, tão atabalhoado quanto esforçado me disse "Querria aceitarr mil perrdões" e nem os meus esforços para lhe poupar o discurso o demoveram, que ele estava verdadeiramente empenhado em levar o acto até final. Acabámos ambos rindo do sucedido e a fazer apresentações, ele num inglês exemplar, enquanto me mostrava as páginas de um livro que entendi ser um guia de português para estrangeiros de onde tinha bebido a pérola que instantes antes debitara.
Desde aí que lhe vou aferindo a evolução do português quase dominado, sempre acompanhado de uma educação e afabilidade mais do que perfeitas, descontando-lhe certo é um carregar de érres digno de um setubalense nado e criado na sarrdinha. Calhou que o encontrasse hoje de novo, ele no seu posto, eu no useiro papel de cliente. Troquei umas "Boas noites" por um "Olá, está bonzinho?" e notei um olhar dele fixo em mim. Que nem era em mim, antes na roupa que eu vestia. Um polo negro, uma maçã dentada, branca, bordada por alturas do coração. Sorri, ele não se conteve: "Ahhh! Macintosh!" com aquela sonoridade nos is que texto algum ousará reproduzir. "Macintosh! Computadorres, com sua licença, do carralho!". Paguei e fui a bagageira do automóvel buscar-lhe uma camisola igual. Foi merecida. Um dia destes vamos querer saber quem é o editor do teu guia de línguas.
Desde aí que lhe vou aferindo a evolução do português quase dominado, sempre acompanhado de uma educação e afabilidade mais do que perfeitas, descontando-lhe certo é um carregar de érres digno de um setubalense nado e criado na sarrdinha. Calhou que o encontrasse hoje de novo, ele no seu posto, eu no useiro papel de cliente. Troquei umas "Boas noites" por um "Olá, está bonzinho?" e notei um olhar dele fixo em mim. Que nem era em mim, antes na roupa que eu vestia. Um polo negro, uma maçã dentada, branca, bordada por alturas do coração. Sorri, ele não se conteve: "Ahhh! Macintosh!" com aquela sonoridade nos is que texto algum ousará reproduzir. "Macintosh! Computadorres, com sua licença, do carralho!". Paguei e fui a bagageira do automóvel buscar-lhe uma camisola igual. Foi merecida. Um dia destes vamos querer saber quem é o editor do teu guia de línguas.
20 comentários:
Atendendo a que fui o primeiro a comentar este post, acho que também mereço uma!
Se quiseres posso por uma placa no meu Blog a dizer "Pedro, dá-me o teu polo"...
Engraçado, estou a testar isto e nesta altura não está cá reflectido esse rating. Ou seja, para mim ninguém ainda clicou...
http://verde382u.blogspot.com/2008/02/imagina.html
se colocasse os ratings no meu os gajos destroçavam-me. Se nem na publicidade clicam, nos ratings ia estar abaixo de zero!
No que à publicidade diz respeito, estou absolitamente solidário! :)
E até te digo mais, dentro em breve passarei para a plataforma Sapo e deixarei em princípio "cair" o Adsense e passo a fazer ajuste directo com eventuais interesados.
Reflexões de um sapo com pulgas...?
Uhhh, medo, muito medo!
Segue mail já daqui a bocado :)
De qualquer forma, o adsense do Google é permitido no SAPO, e dizem-me os que já mudaram que os resultados do adsense crescem depois da mudança.
Mas ajuste directo também me parece bem :)
Com suas licenças...
Então ninguém comenta o comentárrio do carralho?
Queirram aceitar mil perrdões!
Para o Sapo? Vais mudar para o Sapo???
Ca nojo!
Concordo com a nêspera...
Sapo sucks...
Suponho que seja um caso análogo ao dos espanhóis... Ou alguém tem um argumento sólido?
Sapo ADSL - Tive um caso chato com eles na empresa e descobri que não era caso isolado, muito antes pelo contrário. Claro que isto numa altura em que ainda não havia muitas opções. IP, Esotérica, e pouco mais.
Quanto a espaço de alojamento de blogs, penso ser gratuito, não é?
Mas... sim tens razão, é capaz de ser um nadita como os espanhóis.
Mas atenção os de Barcelona não são assim tão más pessoas.
Sapo... arrghhh
Não, não gosto, mas lá terei de fazer um esforço se for essa a tua opção :|
Eu não disse que ia mudar de Provider, apenas de plataforma de alojamento deste blog. Porque são profissionais, porque estão sempre lá, porque têm bom gosto, porque não são chatos (mesmo quando os do lado de cá os deixam à espera meses a fio), porque sabem muito bem quais as necessidades de quem está do lado de cá, porque dos meus conhecidos que já mudaram não há um que tenha algo a dizer e acima de tudo porque uma vez me disseram "A malta gostava que viesses para cá", sem subterfúgios, sem dissimulações, sem mariquices. E porque se colocaram INTEIRAMENTE à disposição para o que fosse necessário.
Porque sim, ora!
O Oleg é mesmo do ca*"lho, com sua licença, e dele... E percebe da poda!
Xiii... vai mesmo!
:P
Não podia discordar mais, Pedro...
Porque sabem as necessidades??? Mas estás a gozar?
Em 2003 eu aderi aos sapos. Estive 3 meses sem net. Problemas com a facturação. Paga-se uma pipa de massa cada vez que se liga para a assistência técnica e ficam horrorizados quando se fala em Mac.
Quando comprei o intel, há 1 ano, era preciso mudar de modem. Mandaram-me comprá-lo!!!! Não faziam trocas apesar dos novos kits serem grátis.
Vão à fava!
Além disso, o endereço xxx.blogs.sapo.pt é muito mais feio que blogger.com!
Sapos?! Cruzes credo!
E são da PT... o que, para mim, é causa de um eritema muito desagradável.
Mas, boa sorte!
Bom esta do "Olegue" está demais sim senhor...
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