De todos os erros crassos que encontrei nos últimos anos, os autores nunca me disseram "Eh pá eu dou erros como o caraças!". Em contrapartida muitos deles alertaram-me para o facto de serem disléxicos. Eu também era, devo confessar, mas depois de intensos tratamentos com a régua de pinho da Maria Emília e de algumas horas passadas no quadro a escrever às duzentas vezes a mesmíssima palavra, a dislexia foi curada.
Ser disléxico começa a ser uma (boa) desculpa para a ignorância. Infelizmente também, não me "safei" de umas réguadas da Irmã Piedade e, já adulto, uns valentes "insultos" (bem hajam) do Prof. Hélder Pacheco.
Vocês não me lembrem o raio da régua! Que a terra lhe seja pesada, d. filha da mãe! Muita roupa, meias e sapatos mijei à custa dessa grandessíssima filha da ....
Olha a velha régua de pinho! Conheci-a bem. Tinha 50 cm e quem fazia o fornecimento à escola eram dois colegas meus, gémeos, cujo avô tinha uma papelaria. Nunca gostei muito deles. A régua partia-se, inavriavelmente, nas mãos do Araújo e entre todos já tinhamos desenvolvido técnicas de "levar sem doer tanto". Lembro-me que o meu couro cabeludo se arrepiava. E lembro-me do som que ela fazia quando descia, do som quando batia e dos cantos da boca que se retorciam para não chorar. Mau, muito mau.
Aquilo que não deixo de achar interessante é que todos os que até agora se queixaram da régua o fizeram sem erros ortográficos ou pontapés na gramática... coincidência?
Eu levei muitas. E 99% delas não foram injustas. E quando digo "muitas" é um número não contabilizado que no presente levaria qualquer professor à barra dos tribunais. Curiosamente não guardo qualquer rancor, se calhar uma pontinha de reconhecimento (isto é estranho...) pelo trabalho que fizeram comigo. P.S.- Pronto, aquelas 50 de uma virada por não ter comprado um caderno chamado "As minhas 50 redacções de férias" e em vez disso ter levado para casa uma caderneta de cromos do Sandokan, o Tigre da Malásia, talvez não tivessem sido muito justas... Carago! Era o Sandokan, pá!
17 comentários:
Mas quem terá sido o aminal que escreveu isto?...
A amostra acima foi retirada de um texto comercial que recebi hoje. O que eu não entendo é como é que alguém tem a coragem de emitir coisas destas.
Não me digas que o SW é da M$?
Nopes! É um revendedor Mactek
Fora de brincadeira, muito provavelmente é disléxico...
De todos os erros crassos que encontrei nos últimos anos, os autores nunca me disseram "Eh pá eu dou erros como o caraças!". Em contrapartida muitos deles alertaram-me para o facto de serem disléxicos. Eu também era, devo confessar, mas depois de intensos tratamentos com a régua de pinho da Maria Emília e de algumas horas passadas no quadro a escrever às duzentas vezes a mesmíssima palavra, a dislexia foi curada.
Isto não parece dislexia... parece mais uma ausência de corrector.
Ser disléxico começa a ser uma (boa) desculpa para a ignorância. Infelizmente também, não me "safei" de umas réguadas da Irmã Piedade e, já adulto, uns valentes "insultos" (bem hajam) do Prof. Hélder Pacheco.
Note to self:
Chá de pinho é bom (ou mau?) para a dislexia hehehehe ;)
Vocês não me lembrem o raio da régua!
Que a terra lhe seja pesada, d. filha da mãe! Muita roupa, meias e sapatos mijei à custa dessa grandessíssima filha da ....
Concrodo com o daneil. Pacere msemo um caos de dislxeia!
Olha a velha régua de pinho! Conheci-a bem. Tinha 50 cm e quem fazia o fornecimento à escola eram dois colegas meus, gémeos, cujo avô tinha uma papelaria. Nunca gostei muito deles.
A régua partia-se, inavriavelmente, nas mãos do Araújo e entre todos já tinhamos desenvolvido técnicas de "levar sem doer tanto".
Lembro-me que o meu couro cabeludo se arrepiava. E lembro-me do som que ela fazia quando descia, do som quando batia e dos cantos da boca que se retorciam para não chorar.
Mau, muito mau.
Aquilo que não deixo de achar interessante é que todos os que até agora se queixaram da régua o fizeram sem erros ortográficos ou pontapés na gramática... coincidência?
coincidência? Não. Trauma.
Been there, done that, obrigado Irmã Alda!
Eu levei muitas. E 99% delas não foram injustas. E quando digo "muitas" é um número não contabilizado que no presente levaria qualquer professor à barra dos tribunais. Curiosamente não guardo qualquer rancor, se calhar uma pontinha de reconhecimento (isto é estranho...) pelo trabalho que fizeram comigo.
P.S.- Pronto, aquelas 50 de uma virada por não ter comprado um caderno chamado "As minhas 50 redacções de férias" e em vez disso ter levado para casa uma caderneta de cromos do Sandokan, o Tigre da Malásia, talvez não tivessem sido muito justas... Carago! Era o Sandokan, pá!
Que ainda há pouco tempo revi uns episódios.
Já nem tinha a ideia de que era dobrado.
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