25 novembro 2008
O Boticário
Um tipo que tenha dúvidas sabe com todo o conforto que está em Portugal quando entra numa farmácia e pede um medicamento que por norma só é vendido mediante receita médica. Primeiro tem a certeza de que vai arrostar com uma feroz censura do farmacêutico de serviço, criatura que lhe vai rezar uma prédica sobre a irresponsabilidade do pretendente e o dever do guardião moral da defesa da integridade física e mental do cliente. Quando o dito cliente lhe explica que os comprimidos são para uso animal, em bom português "para dar ao cão", tudo se resolve. E é o mesmíssimo farmacêutico, último dos moicanos defensores da Saúde Pública que lhe pergunta candidamente "E vai trazer a receita? É que sempre tem um euro de vinte e cinco de comparticipação!"...
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7 comentários:
Eu bem digo que "não vou para a Cantareira, mas até passo pelo Cerco...". Fantástico este País à beira-mar plantado!
eram 3 caixas de fenobarbital pra caes, faz favor!
Boca foleira. Só assim? Mais nada? Nem uma
É de quem está do lado de cá do balcão a última palavra e confiar ou não na palavra do cliente. Depende das situações e não é justo meter tudo no mesmo saco.
É sempre um pau de dois bicos
Abraço
Gonçalves: A minha única referência vai para o facto de me perguntarem se quero receber a comparticipação de um medicamento que vai ser usado por um animal. Que eu saiba o meu cão não tem Segurança Social e não era moral que o fizesse. Just that.
Se é uma questão moral se calhar não devia ter entrado na farmácia e pedir um medicamento que por norma só é vendido mediante receita médica.
Sim, é um facto. Mas pensar em encontrar o meu pátio completamente conspurcado com diarreia de dois animais pareceu-me motivador...
Presumo que tenha sido o bactrim, o motivador de tudo isto.
Abraço
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