16 março 2010

iPhone e RTP

Uma excelente notícia da qual tomei conhecimento esta tarde, o facto dos vídeos do site da RTP já estarem disponíveis num formato que não o Flash, coisa que permite que os utilizadores desta preciosidade tecnológica chamada iPhone já poderem desfrutar dos mesmos no conforto da mobilidade. Ao entrarem no site da Rádio e Televisão de Portugal, uma detecção automática do terminal é accionada e a secção de vídeos fica disponível (peça a peça, o que é ainda mais agradável) para ser comodamente visualizada. Belíssima decisão da parte do serviço público de televisão e desde já endereço os parabéns em nome de uma vasta audiência de utilizadores de iPhone.Pode assim suceder que outros broadcasters se lembrem de "acordar" para esta realidade.

7 comentários:

francisco feijó delgado disse...

E já agora, quando acordarem, que listem os videos como podcasts no iTunes, ou simplesmente os espetem numa feed RSS, que senão a coisa continua a ter de ser feita por carolas (eu).

http://www.scheeko.org/podcasts-sic/

Fred disse...

Eu cá, apesar de tudo, acho mais lamentável que o mundo tenha de se adaptar a uma plataforma, que o contrário (como outros "truques" para se contornarem restrições).
Apesar de louvar o esforço para que o acesso aos conteúdos seja de facto público e o mais universal possível, sempre se estão a gastar recursos de todos para uma minoria de luxo, que apesar de tudo está informada das limitações do aparelho. (E mantendo a minha opinião que apenas por obstinação do fabricante, do qual pessoalmente tanto tenho elogios como críticas)
Parabéns, anyway, pelo feito!

Pedro Aniceto disse...

Fred, quando uma empresa vê negócio, muda e adapta-se. E vais ver como os próximos meses me vão dar razão...

francisco feijó delgado disse...

Já agora, apesar de terem sido sobretudo dinamizados pela apple, os podcasts não são exclusivos do iTunes/iPod. Podcasts são simplesmente ficheiros audio e/ou video que podem ser distribuidos em qualquer formato. A música pode vir em MP3, que é lido em todo o lado. O AAC por exemplo, pode conter capítulos e imagens, mas isso não é fundamental e nem me atrevo a pedir isso. O conceito de Podcast/Videocast é independente de marcas e conceptualmente, na versão mais simples, é apenas a indexação conveniente de programas audio/video. Eu não estou, também, a atrever-me a pedir a produção de conteúdos! Estou meramente a referir-me às empresas que já os têm.

A única vantagem do iTunes/iPod sobre outros leitores de música no que respeita a podcasts (mas posso não estar ao corrente de outros dispositivos e software) é o simples facto de guardar a posição onde se para de ouvir, para se poder recomeçar. Não é nada conveniente andar à procura, num ficheiro audio de uma hora, do local em que parámos a audição.

Fred disse...

Mas quem sou eu para duvidar? =)
Por acaso isso recorda-me outra técnica de Marketing da Apple (não exclusiva, como é óbvio!) de não oferecer algo nos seus produtos que é exigido pelos consumidores, para algum tempo mais tarde o incluir, como se fosse uma novidade absoluta ou uma revolução (no iPhone há o exemplo do 3G, da gravação de vídeo, utilização como modem, etc). Apesar de soar ridículo, fez disparar vendas, e como tal é bom marketing, que no fundo é o que uma empresa quer sempre!
Não tendo iPhone (se fossem grátis, poderia pensar diferente…!), fico a aguardar novidades! =)

Ana Ferreira disse...

Foi uma brilhante ideia da RTP e eu agradeço e apoio :)

francisco feijó delgado disse...

Sim, é verdade Fred, embora nem sempre seja uma questão de marketing. Há duas possibilidades extra (atenção que não estou a deificar a apple).

1. A questão de limitações da plataforma. Sim, mms, bluetooth para dados, 3G é ridículo não ter sido logo fornecido (o bluetooth para dados ainda não o é). Mas parte disso, penso eu, terá a ver com a vontade de providenciar uma boa experiência, por exemplo em termos de duração de bateria.

2. Por vezes a Apple não inclui coisas porque é uma questão de filosofia e visão do futuro. Claro, isto não é para os casos em que (re)introduz funcionalidades mais tarde, mas é o caso das diskettes 3.5 antigas, ou o CD no MacBook Air.


Mas sim, lá mestres no marketing são e às vezes é confrangedor ver aquela malta no palco com mais uma inevitável "best in the world" coisa nas mãos.