Outros falarão mais e melhor do sentimento que corre nas almas encarnadas. Falta-me o tempo (mas não o material guardado para memória futura) do dia de ontem, um dia absolutamente cheio de surpresas. Reencontrei um ex-Presidente da nação Benfiquista, com quem cumpri uma promessa velha de bastantes anos. Pude abraçar Manuel Damásio e dizer-lhe de viva voz um sentido obrigado e tentar, ainda que minimanente, reparar uma grande injustiça que a memória colectiva encarnada comete para com ele. Agradeci-lhe o facto de ter sido um dos poucos, que contra tudo o que a razão avisava, ter aceite, durante os "anos da brasa", ter tentado estancar a sangria e quem sabe se com isso, ter impedido anos ainda mais negros do que aqueles que o Sport Lisboa e Benfica viveu. Nem tudo correu bem, há quem o acuse de enormes "flops", mas teve a coragem de pegar o boi pelos cornos quando era tão mais fácil ter ficado à margem. Humildemente, quase sem jeito, agradeceu-me e recordou-me que as pessoas se esquecem facilmente destas situações. Nem todos, meu caro Manuel Damásio. Nem todos. (Acabámos a noite num brinde deveras emocional devidamente registado no seu iPhone, que desde ontem à noite veste uma capa "à Benfica").
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