03 agosto 2006

The difference between men and boys

The difference between men and boys it's the price of their toys!

5 comentários:

botinhas disse...

I'm totally a boy. Já tenho algumas destas coisas, mas o meu sonho é ter um frasco com Galium! :)

Pedro Aniceto disse...

Eu até tremo só de olhar para estes catálogos... Em puto, oriundo de uma família modesta e de escassíssimos recursos, fui tentado a fazer eu mesmo alguns dos brinquedos técnicos à frente dos quais me babava autenticamente nas montras da Kermesse de Paris dos Restauradores. Várias tragédias estiveram prestes a acontecer, outras aconteceram mesmo. Ainda hoje me arrepio ao relembrar os resultados da construção de uma caldeira a vapor dentro de uma embalagem metálica de Cecrisina. Explodiu (como seria razoável esperar), tendo arrastado a fonte de calor (uma magnífica lamparina de azeite) que por sua vez se espalhou sobre uma estante de livros que se incendiou. Em pânico, saí do quarto em chamas determinado a encontrar algo que pudesse abafar tanto lume. Encontrei rapidamente uma coisa pendurada no varal da roupa com que abafei as chamas. Claro está que o meu traseiro também foi bastante abafado quando a minha mãe percebeu que uma das suas colchas de renda tinha sido usada como equipa de intervenção rápida...

Pedro Aniceto disse...

E um dia vou ter de escrever a minha história mais trágica, pelo menos em danos materiais, a da vez que vi no dia da inauguração do Centro Comercial da Portela um modelo de helicóptero de enorme envergadura que VOAVA (Santo Deus!), estava um tipo a demonstrar em pleno corredor e havia outro na montra. Custava cem contos na altura. Tão impressionado fiquei que dias depois decidi meter mãos à obra, e transformar um banco de madeira da cozinha lá de casa num Alouette. Mobilizei uma varinha mágica, um rolo de cordel e duas réguas de estore. Havia defeitos de projecto tão graves e tão sérios que a extraordinária máquina levantou (esse gozo supremo ninguém me tira...) e quem sabe por falta de um rotor traseiro montado no cabo da vassoura atado ao banco que servia de cauda, embrulhou por completo a extensão eléctrica ao qual o conjunto estava ligado, causando o despenhar do "aparelho". Houve evidentemente danos colaterais, nomeadamente a quebra das pás da hélice que atravessaram a parte de cima de um armário de louça... Claro está que este meu feito aeronáutico não foi levado em consideração pela minha santa mãe no momento de prestar contas.

Anónimo disse...

Parece que o Pedro tem mesmo queda para os trabalhos manuais. Antes um OVNI (talvez uma espécie de helicoptero) e recentemente a rede para os mosquitos.

Lembro também de umas aventuras. Nada demais. Depois da faze de conduzir camiões imaginários com um volante de uma marca muito conhecida - taparwer - e de tratar da saúde a muitos vilões com armas (supostas de fogo) feitas com pregos e madeira veio a arte e o engenho da electricidade/electrónica.

Durante grande parte da minha infância desejei mais que tudo um carro telecomandado à distância. Oriundo de uma família modesta não era o brinquedo uma prioridade, mas tinha a vantagem de o meu pai ser trabalhador da FORD Lusitânea que no Natal fazia uma festa para os filhos dos funcionários com o, então ainda novo, avô cantigas onde oferecia um presente.

A mim, talvez por ironia do destino calhava-me sempre um carro telecomandado mas com fio. Nesta fase, passei a trasformá-los, diga-se sem sucesso, em carros com comando sem fio mas que não andavam.

Depoisveio a fase da velocidade. Como as pilhas não eram suficientes criei um sistema em paralelo (como se de electricidade percebesse na altura) de três carros com umas pontas de fio do lado de fora da carroçaria e por instinto achei que a verdadeira potência estava na tomada de 220V.

Vi-me livre do choque eléctrico mas não de uma valente esfrega!

São fases ;)
Paulo A. Silva

Pedro Aniceto disse...

Sem dúvida, também passei pela "fase electrónica". Principalmente quando descobri os transístores e por "culpa" de uma revisteca brasileira chamada "Divirta-se com a electrónica". Tive a sorte de ter um pai que tinha em casa uma bancada de trabalho que acabou por ser a minha morada habitual quando me dedicava à soldadura. Essa revista, uma coisa extremamente básica mas engraçadissíma para leigos tinha projectos absolutamente simples para montar em saboneteiras de plástico. (Lembram-se dessas maravilhosas "caixas" de plástico mole?). As caixas eram do melhor para guardar a pilha, a placa e os componentes... Depois, como morava num prédio de gente idosa, passei a ser o "faz tudo" da área tecnológica e "ia a todos" fossem torneiras ou disjuntores...