24 maio 2008

Os ritmos de cada dia nos dai hoje

..." Na minha ilha, nas festas do Espírito Santo, canta-se um terço que não creio ter equivalente no continente. Quando o ouço, sinto-me entre os povoadores medievais, sinto as minhas raízes, o meu ser-estar entre terra pequena e mar imenso, realidade mesquinha e sonho do imenso horizonte, a melancolia do nevoeiro, o respeito pelos mistérios da natureza. E, eu incréu, não consigo desligar-me desta profunda religiosidade da minha gente."

As palavras não são minhas, são de JVC, ilhéu militante, e descrevem bem o que ele sente perante estes sons do Terço açoriano, a melopeia que me traz outras recordações não muito distantes do respectivo sentir. E quase me cheira a incenso e à meninice. Para quem queira apreciar com sonoridade e ritmo completamente diferente (mas uno no seu significado) um Pai Nosso insular.

5 comentários:

Ana Ferreira disse...

Bemmm, é lindo, só há isto? Parece uma melopeia.

Pedro Aniceto disse...

Há muito mais mas optei por não incluir. Há a Avé-Maria, o Bendito, Glória, Misericórdia, Oração e Salvé-Rainha (além do Pai Nosso que está no link). Quem quiser pode pedir para aniceto@mac.com

JVC disse...

Ana, há uma coisa que nunca percebi. O culto do Espírito Santo, importado pela rainha S. Isabel, ainda muito vivo na época dos descobrimentos, perdura nos Açores e no Brasil mas, ao que sei, não na Madeira. Porque é que se perdeu aí?

Pedro Aniceto disse...

Foi substituído pelo culto do Banif! (Eu sei, eu sei, é a minha vez de ir para o canto...)

Ana Ferreira disse...

Pedro Manuel para o canto!

JVC o culto existe embora em moldes diferentes dos Açores, já mando para o seu mail uns links e explico como é cá.