24 julho 2013
A formiga no carreiro
É preciso que os políticos, os decisores, desçam à vida real, que façam e conheçam os trilhos das formigas que pretendem dirigir. É de comum bom senso e repito-o há anos. Acabei de ler uma notícia sobre o esforço de relançamento de um sistema passe+parque em Lisboa. Disse relançamento. Porque há dois anos, quando o sistema foi pensado e anunciado pelo Vereador Nunes da Silva (um peregrino - e perigoso - pensador eleito pelos lisboetas para o pelouro da mobilidade - homem em que tropeço a cada passo sempre o assunto é Lisboa e nem sempre pelas melhores razões), decidi experimentar o sistema. Atraído por um preço tremendamente agressivo da combinação Metro + Estacionamento, testei, pelos meus próprios meios, o percurso e parque que na altura mais conveniente me era para chegar diariamente ao Centro da cidade. O parque que altura tinha assinado o convénio e que mais me interessava, era o do Estádio Alvalade XXI. Não foi, e não me espantou, fácil conseguir a informação inicial. Os primeiros contactos com os operadores foram frustrantes. A maioria desconhecia a iniciativa e em alguns casos eu sabia bastante mais sobre o assunto do que quem era suposto prestar-me informação. Mas a surpresa pior viria do Parque. Escolhido por ser o mais perto do acesso ao Metropolitano, viria a ser um elemento dissuasor. Os lugares destinados à iniciativa eram no ponto mais oposto à saída, o parque era um horror de falta de iluminação e, cúmulo, sem uma indicação que fosse do labiríntico esquema de saídas. Desisti automaticamente de aderir ao sistema do qual agora aplaudo o relançamento. E faço votos para que ninguém se esqueça de que a obrigatoriedade da validação do cartão de acesso em transporte público é problemática em dia de greve dos mesmos, facto que no passado bastantes problemas causou a quem usou o sistema. Aparentemente ninguém se lembra de coisas óbvias. Lá está: deviam fazer os carreiros de quando em vez.
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