... e foi ao abrir da rolha do frasco, um simples frasco de um perfume de cuja existência nem sabia, que me lembrei de ti. Foi como se ali estivesses, abrindo e fechando gavetas dizendo "Eu iria jurar que sabia onde é que as pus...", comigo a gozar o teu despassaramento e a fingir que as procurava, rodando as chaves no dedo, e o despassaramento a vestir-se num lamento "Oh... Podias ter dito...". Já sei onde te revisitarei sem a culpa fria das lápides. Rodarei as chaves no dedo enquanto penso "Oh, podias ter dito...", Depois, quando te quiser guardar, fecharei o frasco de cuja existência eu não sabia e a tua memória vai, a pouco e pouco desaparecer e espalhar-se pelas nuvens que vejo da janela
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1 comentário:
Muito bonito!
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