26 junho 2007

Afónix

Pela primeira vez desde que me recorde de possuir faculdades mentais dignas desse nome fiquei afónico. Totalmente afónico. É uma experiência curiosa, esta de querer falar e não conseguir, esforçar-me para emitir um qualquer som e ter dores desconfortáveis. Só por uma vez o meu instrumento vocal foi alvo de uma avaria temporária, na épica noite do golo do Vata com a mão, mas isso foi há tanto tempo que já nem conta (e por ser temporária). Nessa noite tive um acidente automóvel tão grave que raiava a madrugada ainda eu prestava as (possíveis) declarações, mais por esboços que por palavras. Mas hoje decidi enfrentar o meu dia na rua sem voz. É espantosa a versátil utilização do esbracejamento gestual. Principalmente a do dedo médio esticado, coadjuvado pelo anelar e indicador.

6 comentários:

Anónimo disse...

Cuidado mas é com esses dedos médio e anelar, que ainda ficamos privados da "escrita". A voz que se lixe!

Abraço e melhoras!

JC

Ana Ferreira disse...

As melhoras.

Anónimo disse...

Terá sido o relento? Ou alguma sagres fria demais?

Cuida-te e, como diz o jc, cuidado com as mãos!

kincas disse...

Já deves estar treinado para pedir os tremoços por gestos.

me disse...

lolol.....lindo!

- sempre podes beber chá de ceboula ou de perpetua roxa que faz mmuito bem à voz!
- mantem-te calado a maior parte do tempo que conseguires (mesmo na recuperação)e não faças aquele arranhar "crum, crum" que é péssimo...as melhoras!

Pedro Aniceto disse...

Boa pergunta, Sérgio, mas foi uma de várias em que podes incluir a Sagres gelada, uma corrente de ar saborosa ou uma daquelas micro constipações de Verão...