28 junho 2009
27 junho 2009
O homem que sabia demais (em 2009)
Os mais atentos lembrar-se-ão de uma entrada anterior deste blog, "O homem que sabia demais em 1957", sobre o cientista Dr. Miguel Mota. Hoje, e a propósito de uma "reclamação" sobre Mac e respectivo software, tive o prazer de conhecer a pessoa e, ainda que levemente, o utilizador. Homem de uma lucidez invejável, acutilante (e humorado) sentido crítico sobre as coisas que tomamos como certas na concepção de software, proporcionou-me uma curta, mas interessante viagem sobre os processos de criação e aquilo que o próprio designa por "teimosias dos senhores programadores" em não respeitar a natureza das coisas simples. Em minutos fui levado a concordar com ele e fico de água na boca por um artigo que o próprio escreveu a respeito da matéria e que me foi prometido ler em breve, e que trarei a este blog logo que possível.
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Apple
25 junho 2009
ESLI
Tenho à minha frente uma proposta de estacionamento de uma das concessionárias de parques de Lisboa. São duas modalidades: Diurno ou 24 Horas. O diurno custa 151 Euros, o 24 Horas custa 168. Está expresso na proposta que a modalidade ""Diurno" está "esgotada" e que só têm avenças de 24 Horas. Ou esta gente é demasiado esperta ou sou eu que sou medianamente estúpido...
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Cidadania
24 junho 2009
Faces: A tecnologia
Não é propriamente algo que me faça cair o queixo de espanto, mas admito que eu, que sou do tempo em que a clientela se acotovelava para ficar a ver uma plotter a trabalhar numa feira (e que rendia mais público do que uma boazona em bikini...), eu que sou algo idoso, ainda encontre neste mundo tecnológico algumas coisas que me fazem sorrir. E não terá sido apenas a mim; a um dos retratados nesta fotografia também agradou o uso da tecnologia Faces, um aspecto técnico integrado na aplicação iPhoto que é parte integrante do software que está incluído nos Apple Macintosh. Eu explico caso o leitor não tenha percebido nada do que disse acima (excepto é claro a parte da boazona em bikini...): A aplicação iPhoto, um software de gestão de bibliotecas de fotografia, inclui uma tecnologia chamada Faces, que a partir do momento em que eu identifico uma cara numa imagem, faz com que o programa consiga identificar em milhares de fotografias a mesma fisionomia, dando assim nomes aos fotografados. Parece um fait divers mas é de sobremaneira importante quando estamos a lidar com quantidades razoáveis de imagens e quando a nossa memória já não é o que era, ou a festa em que estivemos tinha uma Vodka excepcional... Adiante: O Reto Scherraus, fotografado em Berlim a atormentar o camarada Leonid Brezhnev, viu a sua imagem ser processada pelo iPhoto e o Faces a detectar prontamente a sua identificação, o que não sucedeu com o camarada Presidente. Como eu disse acima, não é assunto de grande espanto, mas é (pelo menos para mim) delicioso, perceber que um alto relevo tem exactamente as mesmas possibilidades de ser detectado pelo software, do que um rosto.
Imagem: Reto Scherraus-Fenkart
Imagem: Reto Scherraus-Fenkart
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Apple
23 junho 2009
Barbosa du Bocage
"Oh dama, por quem me aflijo
Por ventura, consintais
que eu introduza o com que mijo
No por onde vós mijais?"
Por ventura, consintais
que eu introduza o com que mijo
No por onde vós mijais?"
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Faits Divers
22 junho 2009
A origem das expressões
Diz-se que alguém "já está a fazer tijolo" de alguém que já morreu e foi sepultado. Expressão com origem em Lisboa, mas profusamente espalhada por todo o mundo lusófono, terá tido origem na reconstrução da cidade de Lisboa, após o terramoto de 1755. Na reconstrução da cidade, a matéria prima mais utilizada, o barro, era extraído no único filão de argila da cidade, situado na zona entre a actual Graça e o vale delimitado pela actual Avenida Almirante Reis e transformado na zona que ainda hoje é designada como Forno do Tijolo. Grande parte dessa área, estava ocupada pelo cemitério mourisco da cidade, o Almacávar e rapidamente a extracção de barro invadiu terrenos de sepultura, tornando vulgar o aparecimento de restos de ossadas no barro transformado em tijolo.
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Expressões
A origem das expressões
"Isto não pode ser assim à Lagardère!" ou "Mas tu julgas que chegas aqui e é tudo à Lagardère?" entre muitos outros modos de exprimir um comportamento que passe das marcas consideradas comuns, é uma expressão muito usada em Portugal para designar a impossibilidade ou improbabilidade de um comportamento seja ele qual for, que assuma um ar intempestivo. audaz ou temerário. A expressão "à Lagardère" deriva do personagem Chevalier Lagardère (Henri Lagardère), herói central de uma série de romances de capa e espada criados pelo escritor Paul Féval, iniciado na edição de Le Bossu, que viria ter uma sequela sob o título "Le fils de Lagardère". Le Bossu viria a ser adaptado cinema por sete vezes, uma delas ainda como filme mudo e a versão de 1960, com um Lagardère protagonizado pelo actor Jean Marais (que durante alguns anos da minha infância ouvi ser chamado "Jamarais", foi extremamente popular em Portugal dados as audazes cenas de duelo de espada em que a personagem era fértil. O mesmo tipo de comportamento audaz, mas com um volante nas mãos é bastas vezes baptizado de "À Fangio" (Juan Manuel Fangio, piloto de Fórmula 1) ou "À Fittipaldi" (idem).
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Expressões
21 junho 2009
A origem das expressões
Advogado do Diabo é efectivamente uma profissão existente. Tomada como expressão que designa uma tarefa que ninguém por regra deseja, por ir contra a convicção geral, o "advocatus Diaboli" é a designação de um membro da Igreja Católica que é encarregue de levantar objecções em todas as argumentações documentadas num processo de canonização. Na facção oposta, o membro do clero recebe a designação "advocatus Dei".
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Expressões
A origem das expressões
Tertúlia é a expressão utilizada para denominar um grupo de pessoas que se reune para debater um determinado assunto ou tema. O nome provém dos usos do erudito Quinto Séptimo Florente Tertuliano, cartaginês, destacado defensor do cristianismo, cujos discursos públicos eram ricos em jogos de palavras. Às pessoas que se reuniam para debater as suas convicções e posições, apelidavam-se de "Tertulianos" e a essas reuniões depressa passaram a denominar-se "Tertúlias".
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Expressões
Coisas que as Universidades não ensinam
Foi preciso explicar com algum tacto e diplomacia à Assistente Social de um lar de idosos, que a súbita energia que atinge os velhinhos ao cuidado dela aos Domingos de manhã que parecem possuídos de uma estranha vontade de sair, não é obra da alimentação ou da medicação, mas apenas do facto de ser Verão e a poucos metros da Instituição da Santa Casa existir uma praia onde se faz topless...
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Faits Divers
Sabedoria popular
"Vós que lá do vosso império,
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo,
querer um mundo novo a sério"
António Aleixo
prometeis um mundo novo,
calai-vos, que pode o povo,
querer um mundo novo a sério"
António Aleixo
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Faits Divers
20 junho 2009
Bruno Carvalho
Não consigo entender porque razão um candidato à Presidência do Sport Lisboa e Benfica (Bruno Carvalho), insiste em fazer como bandeira eleitoral a contratação de um treinador (Carlos Azenha) que assinou contrato com o Vitória de Setúbal há quase um mês.
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Benfica
19 junho 2009
18 junho 2009
Os Tunalhos
Não sei quem são mas sei o que fazem: Dobram filmes e séries de TV com pronúncia açoriana, emprestando às cenas uma dimensão absolutamente hilariante. Comecem por um Dr. House ilhéu e depois visitem o espólio que merece bem uma visita prolongada.
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Enlevos
À procura do tempo perdido
(Clique na imagem para a aumentar)
Por vezes sucedem coisas assim, do nada, do absoluto azul surge um som, uma voz ou umas letras que perguntam "O que é feito de ti?" e há ali um momento da nossa própria dúvida, do nosso interior que tenta recordar o passado num relâmpago e rebobinar tempos e tempos até focar a personagem, isto quando nos lembramos dela. Foi o caso há dias quando o Álvaro Nunes, compincha de escola dos tempos em que éramos todos magros e esbeltos, fartas cabeleiras e ainda mais farta energia, me ter entrado Twitter dentro com a sempiterna questão que de quando em quando nos assalta a nós próprios. Eu lembrava-me dele como se fosse ontem, ele idem, o que não deixa de ser extraordinário porque já passaram trinta e três anos e seguramente mais de quarenta e cinco quilos. Seria incapaz de o reconhecer caso com ele me cruzasse numa rua, mas isto é mesmo assim, ele foi hábil o suficiente para se lembrar de tudo, eu de quase tudo menos do exercício de memória virtual, lembrava-me do local onde morava e apenas mais dois ou três detalhes. Encontrámo-nos, houve ali um desfiar de histórias e inevitavelmente vão-se dobando as meadas, fio aqui, fio ali, e vamos reconstruindo um passado que foi comum no tempo das descobertas e grandes achados. Já nos sucedeu a todos, este é apenas mais um caso dos muitos sobre os quais se nunca escreve. E a isso estaria este condenado se o Álvaro não tivesse, a dado passo, mencionado que reencontrara também quase acidentalmente, a Conceição. E depois, tal como nas cerejas, uma puxa a outra, não me tivesse dito "A Conceição tem uma fotografia da turma em 1976". Esperei uns dias, curioso, pela famosa fotografia. Ei-la! Estão ali dois anos de vida e coisas das quais se foram construindo as minhas memórias de gente. Está ali a minha primeira paixão juvenil, daquelas de suspiro e falta de apetite. Estão ali os compinchas da bola, das cumplicidades, dos lanches e das visitas a casa de cada um. Estão nesta foto as memórias do meu primeiro beijo roubado. Há poucos nomes que eu recorde, embora ainda tenha recuperado alguns (a Conceição tinha um maná deles) e deu-me uma súbita vontade e curiosidade de saber "O que é feito de nós?". Vai haver desencontros de opinião, o Álvaro (e provavelmente a Conceição também), acham que a Professora que lá está ao canto é a Mestra de Francês, do que eu discordo, porque tenho quase a certeza de que era a de Ciências da Natureza (esta sala é no Rés do Chão do Edifício da Marquesa de Alorna) e as aulas de Francês eram no primeiro andar, mas chegaremos a um consenso. Procuraremos as peças do puzzle e disso aqui darei notícia.
Por vezes sucedem coisas assim, do nada, do absoluto azul surge um som, uma voz ou umas letras que perguntam "O que é feito de ti?" e há ali um momento da nossa própria dúvida, do nosso interior que tenta recordar o passado num relâmpago e rebobinar tempos e tempos até focar a personagem, isto quando nos lembramos dela. Foi o caso há dias quando o Álvaro Nunes, compincha de escola dos tempos em que éramos todos magros e esbeltos, fartas cabeleiras e ainda mais farta energia, me ter entrado Twitter dentro com a sempiterna questão que de quando em quando nos assalta a nós próprios. Eu lembrava-me dele como se fosse ontem, ele idem, o que não deixa de ser extraordinário porque já passaram trinta e três anos e seguramente mais de quarenta e cinco quilos. Seria incapaz de o reconhecer caso com ele me cruzasse numa rua, mas isto é mesmo assim, ele foi hábil o suficiente para se lembrar de tudo, eu de quase tudo menos do exercício de memória virtual, lembrava-me do local onde morava e apenas mais dois ou três detalhes. Encontrámo-nos, houve ali um desfiar de histórias e inevitavelmente vão-se dobando as meadas, fio aqui, fio ali, e vamos reconstruindo um passado que foi comum no tempo das descobertas e grandes achados. Já nos sucedeu a todos, este é apenas mais um caso dos muitos sobre os quais se nunca escreve. E a isso estaria este condenado se o Álvaro não tivesse, a dado passo, mencionado que reencontrara também quase acidentalmente, a Conceição. E depois, tal como nas cerejas, uma puxa a outra, não me tivesse dito "A Conceição tem uma fotografia da turma em 1976". Esperei uns dias, curioso, pela famosa fotografia. Ei-la! Estão ali dois anos de vida e coisas das quais se foram construindo as minhas memórias de gente. Está ali a minha primeira paixão juvenil, daquelas de suspiro e falta de apetite. Estão ali os compinchas da bola, das cumplicidades, dos lanches e das visitas a casa de cada um. Estão nesta foto as memórias do meu primeiro beijo roubado. Há poucos nomes que eu recorde, embora ainda tenha recuperado alguns (a Conceição tinha um maná deles) e deu-me uma súbita vontade e curiosidade de saber "O que é feito de nós?". Vai haver desencontros de opinião, o Álvaro (e provavelmente a Conceição também), acham que a Professora que lá está ao canto é a Mestra de Francês, do que eu discordo, porque tenho quase a certeza de que era a de Ciências da Natureza (esta sala é no Rés do Chão do Edifício da Marquesa de Alorna) e as aulas de Francês eram no primeiro andar, mas chegaremos a um consenso. Procuraremos as peças do puzzle e disso aqui darei notícia.
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Biografia
Anicetos de todo o mundo, uni-vos!
Em 2008, no penúltimo dia de aulas antes das Férias da Páscoa, um jovem de 14 anos caiu subitamente durante a aula de Educação Física na Escola Secundária Jorge Peixinho, no Montijo. Foi auxiliado por dois professores que fizeram o primeiro contacto para o 112. O jovem acabou por falecer. O seu nome era João Rui Barata Aniceto.
A notícia, avassaladora, foi-se propagando, tendo sido amplamente difundida quando à hora do jantar todos os noticiários abriram com a notícia: "Jovem de 14 anos falece em aula de Educação Física no Montijo". O Montijo uniu-se nessa hora fatídica para chorar João Rui, cujo talento para a música, aluno extraordinário e sorriso contagiante, era conhecido por muitos.
Desde esse dia os colegas do João Rui têm um desejo: Perpetuar a memória do amigo através da música - que ele amava - e impedir que acontecimento idêntico se repetisse na Escola Secundária Jorge Peixinho, equipando o Posto Médico da escola com material médico de prevenção e socorro, incluindo um desfibrilhador. Com este objectivo em mente e com a vontade de todos, nasceu o movimento LIVE SCHOOL - DÀ UMA NOVA VIDA À TUA ESCOLA.
Assim o LIVE SCHOOL organizou este ano um Festival de Música. Os Xutos e Pontapés, a banda portuguesa favorita de João Rui e por isso a escolha dos seus colegas, quando expostos ao projecto e à causa, abraçaram desde logo a ideia com entusiasmo. Muitos já contribuiram para que o LIVE SCHOOL cumpra o seu objectivo. Só falta a sua colaboração.
Dia 4 de Julho, 22 Horas, Zona Ribeirinha (Montijo) 10 Euros - Bilhetes à venda no Forum Montijo - Discoteca Kaxaça - Escola Secundária Jorge Peixinho
A notícia, avassaladora, foi-se propagando, tendo sido amplamente difundida quando à hora do jantar todos os noticiários abriram com a notícia: "Jovem de 14 anos falece em aula de Educação Física no Montijo". O Montijo uniu-se nessa hora fatídica para chorar João Rui, cujo talento para a música, aluno extraordinário e sorriso contagiante, era conhecido por muitos.
Desde esse dia os colegas do João Rui têm um desejo: Perpetuar a memória do amigo através da música - que ele amava - e impedir que acontecimento idêntico se repetisse na Escola Secundária Jorge Peixinho, equipando o Posto Médico da escola com material médico de prevenção e socorro, incluindo um desfibrilhador. Com este objectivo em mente e com a vontade de todos, nasceu o movimento LIVE SCHOOL - DÀ UMA NOVA VIDA À TUA ESCOLA.
Assim o LIVE SCHOOL organizou este ano um Festival de Música. Os Xutos e Pontapés, a banda portuguesa favorita de João Rui e por isso a escolha dos seus colegas, quando expostos ao projecto e à causa, abraçaram desde logo a ideia com entusiasmo. Muitos já contribuiram para que o LIVE SCHOOL cumpra o seu objectivo. Só falta a sua colaboração.
Dia 4 de Julho, 22 Horas, Zona Ribeirinha (Montijo) 10 Euros - Bilhetes à venda no Forum Montijo - Discoteca Kaxaça - Escola Secundária Jorge Peixinho
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Faits Divers
Praia das Maçãs - Season1 Episode 8
Chamámos o moço que toma conta dos toldos e comunicámos-lhe o desaparecimento do Vasco Casquilho, que viemos mais tarde a saber, foi experimentar outra praia mas ao terceiro dia estava cheio de saudades nossas e acabou por regressar. O Nuno Luz foi à Albânia (toma, bem feita!) e à Estónia. Pedro Aniceto, para variar, ficou a trabalhar por cá porque não lhe apeteceu ir a San Francisco assistir à World Wide Web Developper Conference. Por isso mesmo pedimos ao Miguel Arroz que nos contasse tudo o que viu nesse evento Apple e o Nuno Luz e o Pedro Aniceto, dissertam um bom bocado sobre tudo que foi anunciado na Keynote. Seja bem-vindo ao Podcast "Praia das Maçãs". Sente-se, e não se esqueça do protector solar.
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Momento cultural do dia
Não confirmo (acho estranho), mas tudo é possível neste planeta. A bandeira do território espanhol de Ceuta é mesmo esta?
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Cidadania
Pedro Aniceto, o príncipe de Satanás
Eu não queria acreditar, mas li pelo menos três vezes antes de me decidir publicar esta entrada... Hoje de manhã um sacerdote perguntou-me como é que se fazia Caps Lock num iPhone e eu respondi-lhe. Ele agradeceu e eu disse-lhe que lançasse a boa acção em conta corrente, não fosse eu precisar de algum bónus de crédito para alcançar o Céu, isto no caso de haver "numerus clausus". Ele diz que não há no Céu, nada que tenha a ver com "numerus clausus", mas eu sou um tipo muito desconfiado. Eu sabia que ia ser difícil entrar no Céu, mais a mais nem tenho uma GameBox. Isto era hoje de manhã! Porque à tarde, Santo Deus, à tarde fui lançado ao fogo do Inferno sem dó nem piedade. Façam o favor de me deixar de tratar pelo meu nome terreno. A partir deste exacto momento o meu nome é Príncipe de Satanás. Burn different!
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Uma pergunta de Direito
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Faits Divers
O caçador de pérolas
..."Como a vossa opinião conta, pesso-a para este artigo que escrevi no Expresso Online:"
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Pérolas
17 junho 2009
16 junho 2009
Espera que já te dou o arroz...
Como alguém disse um dia: "A realidade é um sítio cruel mas ainda é dos poucos sítios onde se pode comer um bom bife..."
Roubado no Adaeternum
Roubado no Adaeternum
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Cidadania
15 junho 2009
Coisas que eu tenho de ler...
..."Enviamos, em anexo, a nossa Tabela de Preços de Memórias Genéricas das marcas, Qimonda e Samsung com 10 anos de garantia"...
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Cidadania
Twitter (Alberta Marques Fernandes)
Alberta Marques Fernandes, em entrevista ao Só Visto!, fala do episódio do hamburger que a há-de "perseguir" pela vida fora... Imagem capturada por Luís Lopes a quem agradeço a gentileza e o trabalho. Para ver o excerto do hamburger, vá por aqui. Para ver todo o compacto da entrevista de Alberta, é por aqui.
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Faits Divers
Heli, Heli, lama sabachthani? (Take II)
Senhor Editor de Fotografia do Portugal Diário: Os helicópteros têm de facto uma hélice, mas não é à frente, tá? É por cima! Têm uma também na cauda, mas isso agora não é nada importante. Ora essa. De nada.
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Pérolas
14 junho 2009
He had it coming
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Pérolas
12 junho 2009
09 junho 2009
Apple WWDC
Quando há poucos dias um grupo de amigos estrangeiros decidiu fazer uma aposta interna sobre os anúncios Apple da WWDC deste ano, fui o único (sem qualquer inside info) a dizer que o ano não vai acabar sem que o low end consumer tenha algo para "festejar" em termos de venda de massa. E nem sequer estava a falar do iPhone, cujas odds estavam baixíssimas em função de alguma informação que ia chegando e que não constituía qualquer surpresa. Fui o único a insistir em algo "low cost", talvez a sonhar com o tablet ou com o netbook que haveria de me tornar "rico" caso tivesse sido anunciado. Os anúncios de ontem mais não fizeram do que preparar a minha aposta. Promover o MacBook a Pro mais não é do que abrir algum espaço no line up de produtos para algo que virá em Setembro. Vai uma apostinha?
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Apple
08 junho 2009
O caçador de pérolas
Nunca saberemos se o director da Panda Security disse "ouve" com ou sem agá... Imagem Público Online, enviada por Pedro Santos.
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Pérolas
Comunicação no S.L.Benfica
Durante anos, lamentei-me do facto do meu clube de coração não ter uma política de comunicação controlada e centralizada. Com a entrada do jornalista João Gabriel pensei que as coisas iriam mudar e nada mais vi que respostas pategas, sem classe e acima de tudo inoportunas. Sou daqueles que defende que quando se ouve zurrar se não deve responder, que um burro é burro mesmo que pintado de outra cor que não seja amarelo. Hoje, quando li em A Bola, a "entrevista" de Eusébio da Silva Ferreira ilustrada acima, percebi que não há esperança para as minhas aspirações. Porque a entrevista é claramente um produto fabricado tendente a louvar Luís Filipe Vieira (Presidente por quem, note-se, nutro grande admiração). Porque é plástica. Porque eu reconheço à légua um produto escrito e elaborado (passo a vida a escrevê-los) de uma entrevista espontânea e muito me espanta que A Bola preste um serviço destes aos seus leitores. Sim, especulo. Mas ajudarei o leitor a verificar comigo. A não ser que Eusébio da Silva Ferreira tenha sido submetido a a alguma imersão cultural prolongada, alguém no seu juízo perfeito acredita que o King tenha alguma vez dito: "Em toda a minha vida sempre desconfiei de cristãos novos", "o bem que se pratica no presente é o nosso melhor advogado no futuro", ou sobre Rui Costa "O seu ADN não engana... ao contrário de outros...". Todo o trabalho estampado nesta página em A Bola parece ser um tremendo frete eleitoral do qual Luís Filipe Vieira não precisa. Tenho pena de que este tipo de comunicação plástica seja feito para dentro, ao contrário do que deveria ser feito, isto é, para fora. E mais pena ainda tenho em ver um símbolo do clube a ser usado desta maneira.
Nota: Obviamente, o próprio Sport Lisboa e Benfica "confirma" esta curiosa (e desconhecida) estratégia: Esta peça no Sábado, a rescisão de contrato de Quique Flores no Domingo, a demissão dos órgãos sociais na Segunda. Faz sentido.
Nota: Obviamente, o próprio Sport Lisboa e Benfica "confirma" esta curiosa (e desconhecida) estratégia: Esta peça no Sábado, a rescisão de contrato de Quique Flores no Domingo, a demissão dos órgãos sociais na Segunda. Faz sentido.
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Benfica
06 junho 2009
Praia das Maçãs - Season1 Episode 7
Pedro Aniceto teve uma fúria. Não porque tivesse o seu spot de toalha ocupado, não porque estivesse vento e trovejasse o que não é, de todo, o melhor tempo para estar na praia, mas sim porque acabou de reparar que o Podcast "Praia das Maçãs" ocupa neste momento o vigésimo oitavo lugar do Ranking da iTunes Store. "Mazuqéisto?" diria ele se o estivessem a ouvir. É verdade que a Praia das Maçãs não tem "babes" mas tem o Vasco Casquilho em excelente forma, não tem o Bruno Nogueira (cujo Tubo de Ensaio está em primeiro lugar no ranking - abraço, Bruno! -), mas tem o Nuno Luz que esta semana se portou mal e foi de castigo para a Albânia, e tem o Pedro Aniceto que à falta de melhor sorte, foi parar ao Rosário. Abrimos o toldo do episódio número 7 de Praia das Maçãs, o Podcast feito por Mac users para toda a gente. Estenda a toalhinha, "puta da crim" como diria o Zézé Camarinha e venha daí. Há notícias fresquinhas, entrevista com Mário Cabrita, um utilizador Apple em Osaka na terra do sol nascente, um slot sobre iPhone e os fotógrafos, mais uma série de coisas que a serem recordadas, estragarão o efeito surpresa e o alinhamento do texto deste post à volta da imagem que o ilustra. Já sabe, puxe da toalha e venha daí, pois sempre que nos apetece armamos a barraca e falamos com os Mac users que acham que já ouviram tudo. Aqui, no Praia das Maçãs ou numa iTunes Store perto de si, sempre de bandeira verde. (Tinha que ser verde?)
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Apple
05 junho 2009
O caçador de pérolas
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Pérolas
04 junho 2009
Sabedoria popular
"Existem várias maneiras de assaltar um banco. A mais rentável delas todas é geri-lo."
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Faits Divers
03 junho 2009
A correnteza das correntes
Eu sei, eu sei, estou em dívida com alguns dos dilectos leitores deste pasquim e tenho pelo menos duas correntes às quais fui engajado (duas que eu tenha dado por isso...) e ainda não respondi. Uma do Jorge Mourinha sobre séries de TV (tenho de ir ler o enunciado que já não me lembro quantas são que tenho de indicar) e outra do "Embrulhar Castanhas" sobre 5 momentos que gostaria de rever (ou reviver) em slow motion. Ambas são excelentes desafios a que vou responder, isso é garantido, mas a minha agenda está o chamado caos e não tem sido fácil meter tanto pinto debaixo das asinhas...
Ladies first, prioridade ao Embrulhar Castanhas:
Momento 1: Os minutos que se seguiram ao exacto momento em que R. a professora de Português do Liceu da altura me apanhou a distraído a ler um livro "proibido" enfiado no meio de "Os Lusíadas" e me convidou a partilhar a leitura com os meus colegas de turma. Neguei-me, não me chamasse eu Pedro, por três veementes vezes a fazê-lo e mesmo sem o galo ter cantado fui confrontado com a alternativa, a expulsão da aula e consequente falta disciplinar, um negócio que estava longe de me agradar. Tentei a via diplomática, tentei ganhar tempo, mas R. foi inflexível: Ou lês ou vais para a rua. Terei tentado avisá-la, mas há coisas de que não vale a pena tentar convencer algumas pessoas, principalmente se são mulheres e detêm a professoral autoridade. Ergui-me, olhei-a nos olhos, suplicando qual condenado no cadafalso. Em vão. Enchi o peito de ar e declamei no melhor estilo dramático que consegui fazer: "Ela, gulosa, sorveu-lhe o mangalho rijo até à última gota..." O efémero exercício de leitura pública foi ali sumariamente interrompido e haveria de me levar umas horas mais tarde a uma conversa com R. sobre a minha pouca vontade de aprender Português, conversa que me foi de enorme utilidade futura. Isso e muito provavelmente a pensar duas vezes antes de pedir a um aluno que partilhasse em voz alta as suas leituras privadas.
Momento 2: Não posso precisar o ano, finais dos anos setenta. Eu, ali, nas bancadas do velho Estádio da Luz a sofrer e a torcer pelo nosso Glorioso debaixo de um sol inclemente. Era dia de jogo de título, em casa contra o Vitória de Setúbal, os dois pontos davam e sobravam para garantir o Campeonato, coisa que estava a minutos de acontecer. As bancadas em glória e júbilo a uma voz que recordarei enquanto viva e mesmo depois de morto não posso garantir que as esqueça, oitenta mil em uníssono "BEN-FI-CA, BEN-FI-CA" compassadas com as épicas patadas no cimento das arquibancadas, era o Inferno da Luz, aquilo era arrepiante, vinha lá do fundo do ser e marcava-nos a todos, arregimentando a erecção de todos os pelos, mesmo aqueles que no meu caso ainda estivessem por nascer e haveria de se provar mais tarde que assim era por força da penugem pouco mais que imberbe que tardava em fazer-se anunciar. Há num sector quem derrube a rede da vedação, ali estou eu, hooligan à espera de acontecer, a pensar para com os meus botões "Vou lá para dentro? Não vou?". O tanas que não vou, esguio e magro passo pelos intervalos da turba e ali estou eu no momento seguinte em cima do relvado, o mágico tapete sagrado que o comum dos mortais encarnados de alma e muito mais de coração não ousava sequer pensar vir a pisar. Ali estou eu, eu e mais uns milhares, comprimindo-se na linha lateral à espera do apito final, uma imensa mole nervosa a pensar em filar um jogador, capturar um troféu, um símbolo, qualquer coisa que provasse a quem me quisesse ouvir "Eu estive lá, ora babem-se!!". À medida que os minutos iam escorrendo dos velhos relógios de ponteiros brancos dos velhos marcadores do estádio, a multidão ia-se chegando mais um pouco, lembro-me de ter sido empurrado para lá da linha lateral e ter ali, à mão de semear, os meus heróis, era só esticar um braço e tocar neles. Ouviu-se um apito estridente, deu-se o estampido, toda a gente corre para agarrar não se sabe bem quem, eu tinha ali bem perto o Toni, o António da Conceição, espera aí que já te agarro, eu mais uma dúzia despimo-lo num ápice, filei-lhe uma meia, não houve tempo nem cabedal para mais, ele debatia-se para se tentar livrar daqueles abraços titânicos e foi mesmo debaixo dos meus braços que ele gritou, berrou mais apropriado seria dizer: "O JOGO AINDA NÃO ACABOU, CARALHO!", coisa que me deixou em estado de choque, porque não é todos os dias que vemos um Deus a blasfemar, aprendiz de hooligan, e ali estou eu chocado e quase envergonhado pela minha precoce invasão de campo (tinha sido apenas assinalada uma falta...), sem saber o que fazer perante aquela situação estranha, e lembro-me do inacreditável, era a única coisa que poderia fazer para emendar o erro estúpido, estendi a mão ao Toni, devolvendo-lhe a meia, acto espúrio e irreflectido, não pela devolução, não por mais nada, mas sim porque quando estiquei o braço tentando ingenuamente reparar o meu erro, nesse preciso momento um galfarro gordo e suado ma roubou da mão, a meia encarnada suja e suada, saque de cuja glória só pudera ser corsário durante uma fracção temporal.
Momento 3: "Há três espécies de homens: Os vivos, os mortos e os que andam no mar". Não sei quem disse ou escreveu, provavelmente um grego antigo, não me apetece ir procurar e mais a mais não sei bem onde, estou estendido num sofá à preguiça da vidinha quando me ocorreu escrever este texto e, all things considered, um grego antigo fica sempre bem num neurónio, faz-me lembrar um metro linear de lombadas douradas numa estante alta, daquelas onde nunca se vai a não ser para limpar o pó. Nem todos os momentos que gostaria de rever em câmara lenta são felizes, este é um desses, uma daquelas sequências que gostaríamos de ver outra vez, quem sabe para aprender do erro feito ou para nos felicitarmos a nós mesmos pelo acerto de uma decisão. "Ai é assim que é morrer?" lembro-me da frase pensada por mim próprio quando já estou a pensar em desistir, a boca a saber-me a sangue, a água salgada que me invade a garganta. Já não tenho forças, estou exausto e a pensar que não me livro desta, estou a centenas de metros da costa, a fugir de um turbilhão de mar de uma maré vazante que me faz recuar dez por cada metro que avanço à força de braçadas inúteis e que me puxa como um íman gigante. Somos três, há quase uma hora a apoiarmo-nos moralmente, haja calma, vamos falando, mantemo-nos juntos, ninguém entra em pânico se não é pior, vamos dizendo uns aos outros as mesmas palavras, sabemos que não é verdade mas não há nada de melhor para dizer ou pensar. Como ali chegámos é um cortejo de banalidades, "B'ora lá ao banho, mas temos de ir lá longe que a rebentação está forte". Fortíssima a rebentação, mais forte a imprudência, é longe o objectivo, ninguém quer dar parte fraca, avança-se para o perigo. É de pequenas coisas que se escrevem os grandes desastres. Quando as forças invisíveis das correntes nos afastam uns dos outros há tempo e oportunidade para rever o filme do tempo mais próximo e do que está longínquo. É o tempo de desânimo e da revolta. Do arrependimento ou da descrença. Já não vejo a linha da praia e continuo a ser tragado pela corrente. Perco as forças. Aparecem as primeiras cãimbras a anunciar o sobre esforço. Tenta-se a luta desigual com o mar que parece disposto à negaça da sobrevivência. Tenho frio, tenho um medo grosso que me faz perceber que há coisas que a partir de certo momento são absolutamente inevitáveis. Tento boiar, recuperar o fôlego num peito que parece um fole de forja, e até boiar me parece já difícil senão desnecessário. E é nessa pausa, de olhos cegos pelo sol e pela água em que me sinto momentaneamente a afundar, que penso "Ai é assim que é morrer?". É quando respiro a primeira golfada de água e vejo a luz do sol coada pelo mar verde em que me afogo, que desperta em mim o instinto da sobrevivência primária, da reserva física a que recorro perante o meu próprio assombro. Hei-de chegar a terra longos minutos depois. Hei-de olhar o mar de lado zombando da situação, num aperto de alma que terei o azar de repetir anos mais tarde num incidente náutico. Mas será diferente, por via da experiência. Não voltarei a pensar em desistir.
Momento 4: Fui sempre um péssimo aluno a Matemática. Dou-me tão bem com a Álgebra como com as favas, sigamos o cherne, foi amor que não retive (ou se calhar distraí-me) qualquer coisa correu mal. Era garantido o asco à disciplina, aluno de 1 provavelmente porque não havia lugar a zeros, menino de pegar na folha de ponto e traçar-lhe um risco de alto a baixo , adeus, foi um prazer, vou-me embora. Levei anos a preencher essa lacuna, a Matemática era garantidamente uma cruz pesada de carregar e o meu calvário só dava mostras de algum alívio no final do ano, onde sucedia o suave milagre. Eu explico: Odiava a Álgebra, deduzo que ela me odiasse a mim também e oh se ela retribuía, a cabra, durante dois períodos escolares. O terceiro era consagrado à Geometria e Deus saberá porquê, aí era a minha praia. Nunca percebi das razões da minha extraordinária aptidão para a Geometria, mas também nunca perdi muito tempo a investigar. Garantidos que estavam as duas notas "1" no primeiro e segundo período, fazia o terceiro com notas brilhantes, por norma um "5", que me garantia no Conselho de Notas um arredondado (e esforçado) "3". Não tinha que saber, enquanto a malta arranhava a Álgebra durante dois períodos eu decorava os problemas que haveriam de vir de encontro a mim lá mais para o fim do ano, chegava a ter os enunciados de cor, mais as resoluções, das mais simplificadas às mais complexas, não havia ali absolutamente nada que escapasse ao meu rigor científico. Cheguei a ter de inventar desculpas e subterfúgios para que ninguém percebesse que enquanto se marrava em equações eu deglutia cónicas áreas, graus, tangentes e outras variáveis. Era preciso garantir um terceiro período de notas brilhantes para escapar à negativa média. Custasse o que custasse. E eis-me ali, chegado ao último teste do ano, perante o último problema proposto, a começar a ficar nervoso perante o enunciado que até então fora costurado a preceito. Uma tentativa, duas tentativas, três tentativas e nada. Começo a rabiscar, começo a sentir os olhares inquiridores dos que me rodeavam, que eram por norma quem me inquiria e recebia a folha da solução (agora já posso dizer...). Nada. Engatado, ali à mercê da minha ignorância e a começar a temer (e a tremer) defronte do insucesso anunciado. A professora aproximou-se, senti-lhe o olhar cravado nas costas, observou demoradamente o rascunho, eu de sorriso amarelo, ela algo admirada e em pose de clara vitória. "Então? Há azar?". Havia e era meu, oh bruxa, nunca o disse mas não posso negar que o não tenha pensado. Tinha ainda tempo, quase trinta minutos para meter ombros ao científico calhau e fazê-lo rebolar encosta acima era o meu objectivo imediato. Eu sabia que ela sabia o que era do conhecimento de ambos. Eu precisava daquela percentagem da nota, morresse quem se negasse... Revi os meus rabiscos, a bem dizer tive de os refazer, mais uma ou duas vezes. Ah desdita! Oh ignomínia! Podem vir todas se é que cá não estão já! Num assomo de coragem, peito inchado como um peru furioso, ergui a voz num brado "Este enunciado tem um erro!". Era o desespero das causas últimas. Eu tinha apenas uma suspeita, nada mais do que isso. "Ai sim? Ai está errado?" disse ela ironicamente. "Então vai lá ao quadro e mostra a todos os teus colegas onde é que está o erro! Aviso-te já que fui eu que criei esse problema...". Subi ao estrado como um Távora em Belém... Aquilo não foi bem subir, foi mais descer aos Infernos. Peguei no giz e fui traçando a minha teoria. Recta ali, circunferência acolá, medidas disto, medidas daquilo. "Voilá!" (disse mesmo um Voilá que me saiu do fundo da alma). A turma calada, sem um ai, ela ali, à minha frente, revendo mentalmente o diagrama, aqueles segundos foram muito rápidos, terminaram no aceno de cabeça dela, xeque-mate, mate o senhor, o senhor é parvo, secundado pelo aplauso dos colegas que viam ali mais do que um erro, uma vingança colectiva sobre o sabor do saber. Fui salvo pelo toque estridente da campaínha e fui no turbilhão de gente que se precipitou para a porta depois de entregue o malfadado teste. A mim soube-me como se fora eu El Cid a sair em ombros, duas orelhas e um rabo. Olé!
Momento 5: O tempo real deste momento já decorreu. Ponto. É isto mesmo. O momento decorreu na realidade enquanto você. amigo leitor, decifrou a primeira frase deste texto. É por isso mesmo (e por algo mais, é certo) que gostaria de o rever em slow motion. Aliás, nem sei se gostaria mesmo de o fazer. Nunca fui adepto de mega-diversões de parques temáticos. Não fujo delas, as montanhas-russas, por fraco exemplo, mas não serei com toda a certeza o primeiro a fazer fila para ir sofrer. Montanhas-russas, rodas de força centrífuga, canhões disto ou daquilo, façam o favor de não me convidar que eu até agradeço. Não é que me falte a coragem física das coisas, tenho a certeza de ter conduzido durante anos como um louco (passa-nos com a idade e com a apreensão da realidade). Falta-me a sensação de controlo, de ser eu ter inteiro domínio da situação. Preciso de comandos, alavancas, botões e pedais para me sentir mais capaz. Não preciso de sentir o medo, nem a adrenalina a fluir mas se os quiser, tenho de ser eu a ordenar o meu tempo. Mas ali não podia escapar... Era um evento de um fabricante, parceiro das minhas lutas profissionais. Uma gigantesca operação de team-building onde gente daquele grupo oriundo de toda a península se agrupava em pequenas equipas com um objectivo comum. A minha tarefa naquele momento: Deixar-me levar para o alto de uma torre de cem metros, sentado numa cadeira que se precipitaria de seguida em queda livre até ao solo. Previ tudo. Sabia, pela observação cuidada das vítimas anteriores, quanto tempo exactamente levaria a subir, quanto tempo a cadeira pararia lá no alto até se despencar cá em baixo. Previ, anotei e instruí-me de todos os detalhes que de absolutamente de nada me valeram. Quando a escala das coisas se começou a modificar no momento da subida aos céus, percebi que tudo era diferente no solo. Muito diferente. Na cadeira do lado estava outro português, que, quem sabe, poderá vir a ler este texto (um abraço, João!). A meio dos cem metros aqueles que eram pessoas de tamanho normal passaram à escala de jogadores de Subutteo, tudo era mínimo, tudo era assustador. Lembro-me de ter dito ao João quando a cadeira se imobilizou lá no alto: "São dois segundos que isto leva a..." e foi num "Clanc!" que tudo se precipitou, dois segundos de puro terror até a hidráulica do sistema cumprir a respectiva função. Não pense o leitor que é fácil a descrição de uma queda livre sem controlo. Mecanicamente é impossível mexer um músculo, apenas se tem a sensação de peso da cabeça, o resto é como se não existisse. Dois segundos de terror. Irrepetível. Refizemos (eu e o João) aquela descida por mais meia dúzia de vezes. Nada, mas absolutamente nada é comparável à primeira queda no desconhecido, apesar das muitas tentativas feitas. É talvez por isso que quisesse estes dois segundos de volta.
E pronto, está feito. Dizem as regras que temos de convidar blogs para responder a idêntica oportunidade, estais todos convidados. Só vos peço que caso respondam, deixem aqui um comentário para a gente lá ir cuscar...
Ladies first, prioridade ao Embrulhar Castanhas:
Momento 1: Os minutos que se seguiram ao exacto momento em que R. a professora de Português do Liceu da altura me apanhou a distraído a ler um livro "proibido" enfiado no meio de "Os Lusíadas" e me convidou a partilhar a leitura com os meus colegas de turma. Neguei-me, não me chamasse eu Pedro, por três veementes vezes a fazê-lo e mesmo sem o galo ter cantado fui confrontado com a alternativa, a expulsão da aula e consequente falta disciplinar, um negócio que estava longe de me agradar. Tentei a via diplomática, tentei ganhar tempo, mas R. foi inflexível: Ou lês ou vais para a rua. Terei tentado avisá-la, mas há coisas de que não vale a pena tentar convencer algumas pessoas, principalmente se são mulheres e detêm a professoral autoridade. Ergui-me, olhei-a nos olhos, suplicando qual condenado no cadafalso. Em vão. Enchi o peito de ar e declamei no melhor estilo dramático que consegui fazer: "Ela, gulosa, sorveu-lhe o mangalho rijo até à última gota..." O efémero exercício de leitura pública foi ali sumariamente interrompido e haveria de me levar umas horas mais tarde a uma conversa com R. sobre a minha pouca vontade de aprender Português, conversa que me foi de enorme utilidade futura. Isso e muito provavelmente a pensar duas vezes antes de pedir a um aluno que partilhasse em voz alta as suas leituras privadas.
Momento 2: Não posso precisar o ano, finais dos anos setenta. Eu, ali, nas bancadas do velho Estádio da Luz a sofrer e a torcer pelo nosso Glorioso debaixo de um sol inclemente. Era dia de jogo de título, em casa contra o Vitória de Setúbal, os dois pontos davam e sobravam para garantir o Campeonato, coisa que estava a minutos de acontecer. As bancadas em glória e júbilo a uma voz que recordarei enquanto viva e mesmo depois de morto não posso garantir que as esqueça, oitenta mil em uníssono "BEN-FI-CA, BEN-FI-CA" compassadas com as épicas patadas no cimento das arquibancadas, era o Inferno da Luz, aquilo era arrepiante, vinha lá do fundo do ser e marcava-nos a todos, arregimentando a erecção de todos os pelos, mesmo aqueles que no meu caso ainda estivessem por nascer e haveria de se provar mais tarde que assim era por força da penugem pouco mais que imberbe que tardava em fazer-se anunciar. Há num sector quem derrube a rede da vedação, ali estou eu, hooligan à espera de acontecer, a pensar para com os meus botões "Vou lá para dentro? Não vou?". O tanas que não vou, esguio e magro passo pelos intervalos da turba e ali estou eu no momento seguinte em cima do relvado, o mágico tapete sagrado que o comum dos mortais encarnados de alma e muito mais de coração não ousava sequer pensar vir a pisar. Ali estou eu, eu e mais uns milhares, comprimindo-se na linha lateral à espera do apito final, uma imensa mole nervosa a pensar em filar um jogador, capturar um troféu, um símbolo, qualquer coisa que provasse a quem me quisesse ouvir "Eu estive lá, ora babem-se!!". À medida que os minutos iam escorrendo dos velhos relógios de ponteiros brancos dos velhos marcadores do estádio, a multidão ia-se chegando mais um pouco, lembro-me de ter sido empurrado para lá da linha lateral e ter ali, à mão de semear, os meus heróis, era só esticar um braço e tocar neles. Ouviu-se um apito estridente, deu-se o estampido, toda a gente corre para agarrar não se sabe bem quem, eu tinha ali bem perto o Toni, o António da Conceição, espera aí que já te agarro, eu mais uma dúzia despimo-lo num ápice, filei-lhe uma meia, não houve tempo nem cabedal para mais, ele debatia-se para se tentar livrar daqueles abraços titânicos e foi mesmo debaixo dos meus braços que ele gritou, berrou mais apropriado seria dizer: "O JOGO AINDA NÃO ACABOU, CARALHO!", coisa que me deixou em estado de choque, porque não é todos os dias que vemos um Deus a blasfemar, aprendiz de hooligan, e ali estou eu chocado e quase envergonhado pela minha precoce invasão de campo (tinha sido apenas assinalada uma falta...), sem saber o que fazer perante aquela situação estranha, e lembro-me do inacreditável, era a única coisa que poderia fazer para emendar o erro estúpido, estendi a mão ao Toni, devolvendo-lhe a meia, acto espúrio e irreflectido, não pela devolução, não por mais nada, mas sim porque quando estiquei o braço tentando ingenuamente reparar o meu erro, nesse preciso momento um galfarro gordo e suado ma roubou da mão, a meia encarnada suja e suada, saque de cuja glória só pudera ser corsário durante uma fracção temporal.
Momento 3: "Há três espécies de homens: Os vivos, os mortos e os que andam no mar". Não sei quem disse ou escreveu, provavelmente um grego antigo, não me apetece ir procurar e mais a mais não sei bem onde, estou estendido num sofá à preguiça da vidinha quando me ocorreu escrever este texto e, all things considered, um grego antigo fica sempre bem num neurónio, faz-me lembrar um metro linear de lombadas douradas numa estante alta, daquelas onde nunca se vai a não ser para limpar o pó. Nem todos os momentos que gostaria de rever em câmara lenta são felizes, este é um desses, uma daquelas sequências que gostaríamos de ver outra vez, quem sabe para aprender do erro feito ou para nos felicitarmos a nós mesmos pelo acerto de uma decisão. "Ai é assim que é morrer?" lembro-me da frase pensada por mim próprio quando já estou a pensar em desistir, a boca a saber-me a sangue, a água salgada que me invade a garganta. Já não tenho forças, estou exausto e a pensar que não me livro desta, estou a centenas de metros da costa, a fugir de um turbilhão de mar de uma maré vazante que me faz recuar dez por cada metro que avanço à força de braçadas inúteis e que me puxa como um íman gigante. Somos três, há quase uma hora a apoiarmo-nos moralmente, haja calma, vamos falando, mantemo-nos juntos, ninguém entra em pânico se não é pior, vamos dizendo uns aos outros as mesmas palavras, sabemos que não é verdade mas não há nada de melhor para dizer ou pensar. Como ali chegámos é um cortejo de banalidades, "B'ora lá ao banho, mas temos de ir lá longe que a rebentação está forte". Fortíssima a rebentação, mais forte a imprudência, é longe o objectivo, ninguém quer dar parte fraca, avança-se para o perigo. É de pequenas coisas que se escrevem os grandes desastres. Quando as forças invisíveis das correntes nos afastam uns dos outros há tempo e oportunidade para rever o filme do tempo mais próximo e do que está longínquo. É o tempo de desânimo e da revolta. Do arrependimento ou da descrença. Já não vejo a linha da praia e continuo a ser tragado pela corrente. Perco as forças. Aparecem as primeiras cãimbras a anunciar o sobre esforço. Tenta-se a luta desigual com o mar que parece disposto à negaça da sobrevivência. Tenho frio, tenho um medo grosso que me faz perceber que há coisas que a partir de certo momento são absolutamente inevitáveis. Tento boiar, recuperar o fôlego num peito que parece um fole de forja, e até boiar me parece já difícil senão desnecessário. E é nessa pausa, de olhos cegos pelo sol e pela água em que me sinto momentaneamente a afundar, que penso "Ai é assim que é morrer?". É quando respiro a primeira golfada de água e vejo a luz do sol coada pelo mar verde em que me afogo, que desperta em mim o instinto da sobrevivência primária, da reserva física a que recorro perante o meu próprio assombro. Hei-de chegar a terra longos minutos depois. Hei-de olhar o mar de lado zombando da situação, num aperto de alma que terei o azar de repetir anos mais tarde num incidente náutico. Mas será diferente, por via da experiência. Não voltarei a pensar em desistir.
Momento 4: Fui sempre um péssimo aluno a Matemática. Dou-me tão bem com a Álgebra como com as favas, sigamos o cherne, foi amor que não retive (ou se calhar distraí-me) qualquer coisa correu mal. Era garantido o asco à disciplina, aluno de 1 provavelmente porque não havia lugar a zeros, menino de pegar na folha de ponto e traçar-lhe um risco de alto a baixo , adeus, foi um prazer, vou-me embora. Levei anos a preencher essa lacuna, a Matemática era garantidamente uma cruz pesada de carregar e o meu calvário só dava mostras de algum alívio no final do ano, onde sucedia o suave milagre. Eu explico: Odiava a Álgebra, deduzo que ela me odiasse a mim também e oh se ela retribuía, a cabra, durante dois períodos escolares. O terceiro era consagrado à Geometria e Deus saberá porquê, aí era a minha praia. Nunca percebi das razões da minha extraordinária aptidão para a Geometria, mas também nunca perdi muito tempo a investigar. Garantidos que estavam as duas notas "1" no primeiro e segundo período, fazia o terceiro com notas brilhantes, por norma um "5", que me garantia no Conselho de Notas um arredondado (e esforçado) "3". Não tinha que saber, enquanto a malta arranhava a Álgebra durante dois períodos eu decorava os problemas que haveriam de vir de encontro a mim lá mais para o fim do ano, chegava a ter os enunciados de cor, mais as resoluções, das mais simplificadas às mais complexas, não havia ali absolutamente nada que escapasse ao meu rigor científico. Cheguei a ter de inventar desculpas e subterfúgios para que ninguém percebesse que enquanto se marrava em equações eu deglutia cónicas áreas, graus, tangentes e outras variáveis. Era preciso garantir um terceiro período de notas brilhantes para escapar à negativa média. Custasse o que custasse. E eis-me ali, chegado ao último teste do ano, perante o último problema proposto, a começar a ficar nervoso perante o enunciado que até então fora costurado a preceito. Uma tentativa, duas tentativas, três tentativas e nada. Começo a rabiscar, começo a sentir os olhares inquiridores dos que me rodeavam, que eram por norma quem me inquiria e recebia a folha da solução (agora já posso dizer...). Nada. Engatado, ali à mercê da minha ignorância e a começar a temer (e a tremer) defronte do insucesso anunciado. A professora aproximou-se, senti-lhe o olhar cravado nas costas, observou demoradamente o rascunho, eu de sorriso amarelo, ela algo admirada e em pose de clara vitória. "Então? Há azar?". Havia e era meu, oh bruxa, nunca o disse mas não posso negar que o não tenha pensado. Tinha ainda tempo, quase trinta minutos para meter ombros ao científico calhau e fazê-lo rebolar encosta acima era o meu objectivo imediato. Eu sabia que ela sabia o que era do conhecimento de ambos. Eu precisava daquela percentagem da nota, morresse quem se negasse... Revi os meus rabiscos, a bem dizer tive de os refazer, mais uma ou duas vezes. Ah desdita! Oh ignomínia! Podem vir todas se é que cá não estão já! Num assomo de coragem, peito inchado como um peru furioso, ergui a voz num brado "Este enunciado tem um erro!". Era o desespero das causas últimas. Eu tinha apenas uma suspeita, nada mais do que isso. "Ai sim? Ai está errado?" disse ela ironicamente. "Então vai lá ao quadro e mostra a todos os teus colegas onde é que está o erro! Aviso-te já que fui eu que criei esse problema...". Subi ao estrado como um Távora em Belém... Aquilo não foi bem subir, foi mais descer aos Infernos. Peguei no giz e fui traçando a minha teoria. Recta ali, circunferência acolá, medidas disto, medidas daquilo. "Voilá!" (disse mesmo um Voilá que me saiu do fundo da alma). A turma calada, sem um ai, ela ali, à minha frente, revendo mentalmente o diagrama, aqueles segundos foram muito rápidos, terminaram no aceno de cabeça dela, xeque-mate, mate o senhor, o senhor é parvo, secundado pelo aplauso dos colegas que viam ali mais do que um erro, uma vingança colectiva sobre o sabor do saber. Fui salvo pelo toque estridente da campaínha e fui no turbilhão de gente que se precipitou para a porta depois de entregue o malfadado teste. A mim soube-me como se fora eu El Cid a sair em ombros, duas orelhas e um rabo. Olé!
Momento 5: O tempo real deste momento já decorreu. Ponto. É isto mesmo. O momento decorreu na realidade enquanto você. amigo leitor, decifrou a primeira frase deste texto. É por isso mesmo (e por algo mais, é certo) que gostaria de o rever em slow motion. Aliás, nem sei se gostaria mesmo de o fazer. Nunca fui adepto de mega-diversões de parques temáticos. Não fujo delas, as montanhas-russas, por fraco exemplo, mas não serei com toda a certeza o primeiro a fazer fila para ir sofrer. Montanhas-russas, rodas de força centrífuga, canhões disto ou daquilo, façam o favor de não me convidar que eu até agradeço. Não é que me falte a coragem física das coisas, tenho a certeza de ter conduzido durante anos como um louco (passa-nos com a idade e com a apreensão da realidade). Falta-me a sensação de controlo, de ser eu ter inteiro domínio da situação. Preciso de comandos, alavancas, botões e pedais para me sentir mais capaz. Não preciso de sentir o medo, nem a adrenalina a fluir mas se os quiser, tenho de ser eu a ordenar o meu tempo. Mas ali não podia escapar... Era um evento de um fabricante, parceiro das minhas lutas profissionais. Uma gigantesca operação de team-building onde gente daquele grupo oriundo de toda a península se agrupava em pequenas equipas com um objectivo comum. A minha tarefa naquele momento: Deixar-me levar para o alto de uma torre de cem metros, sentado numa cadeira que se precipitaria de seguida em queda livre até ao solo. Previ tudo. Sabia, pela observação cuidada das vítimas anteriores, quanto tempo exactamente levaria a subir, quanto tempo a cadeira pararia lá no alto até se despencar cá em baixo. Previ, anotei e instruí-me de todos os detalhes que de absolutamente de nada me valeram. Quando a escala das coisas se começou a modificar no momento da subida aos céus, percebi que tudo era diferente no solo. Muito diferente. Na cadeira do lado estava outro português, que, quem sabe, poderá vir a ler este texto (um abraço, João!). A meio dos cem metros aqueles que eram pessoas de tamanho normal passaram à escala de jogadores de Subutteo, tudo era mínimo, tudo era assustador. Lembro-me de ter dito ao João quando a cadeira se imobilizou lá no alto: "São dois segundos que isto leva a..." e foi num "Clanc!" que tudo se precipitou, dois segundos de puro terror até a hidráulica do sistema cumprir a respectiva função. Não pense o leitor que é fácil a descrição de uma queda livre sem controlo. Mecanicamente é impossível mexer um músculo, apenas se tem a sensação de peso da cabeça, o resto é como se não existisse. Dois segundos de terror. Irrepetível. Refizemos (eu e o João) aquela descida por mais meia dúzia de vezes. Nada, mas absolutamente nada é comparável à primeira queda no desconhecido, apesar das muitas tentativas feitas. É talvez por isso que quisesse estes dois segundos de volta.
E pronto, está feito. Dizem as regras que temos de convidar blogs para responder a idêntica oportunidade, estais todos convidados. Só vos peço que caso respondam, deixem aqui um comentário para a gente lá ir cuscar...
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Biografia
02 junho 2009
01 junho 2009
Às vezes aqui faz frio...
Quando um tipo se entrega, se dá, se excede na disponibilidade e no suporte, para ver que a contrapartida é zero, nada, rien, zilch, néribi sente na boca o travo da injustiça. Depois senta-se e sabe que é assim que sempre foi. E fica triste. E por vezes pensa em fazer justiça pelas próprias mãos. Que sempre foi assim, que já aguardava. Como disse Adriano Moreira, "Estamos sempre a ser supreendidos por coisas de que já estávamos à espera". É pena. Mas nem sempre a caravana passa.
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